quinta-feira, 7 de março de 2019

Depois da "Casa do Imigrante", "A Casa Elétrica" deve ser a próxima a desmoronar

Depois do desmoronamento do prédio da Casa do Imigrante, em São Leopoldo, o próximo prédio histórico tem grandes probabilidades de ir ao chão, é o histórico casarão da antiga Casa Elétrica, a terceira casa a gravar e prensar discos na América.
Material enviado por Diego Muller
          Localizada no Bairro Glória, foi, durante muito tempo (nas décadas de 10 e 20) a maior gravadora de Discos da América Latina. "Patrimônio da cultura brasileira, a pioneira gravadora e fábrica de discos A CASA ELÉTRICA encontra-se atualmente em estado de ruína. Por isso, a fim de sensibilizar a Câmara de Vereadores e o Prefeitura de Porto Alegre para que destinem a verba necessária a restauração do prédio centenário, um movimento está convocando uma ação popular para o final desta semana." (Zero Hora)

         Paixão Cortês foi o criador do movimento tradicionalista no estado. E a CASA ELÉTRICA deve ao Paixão a sua redescoberta. A justiça inclusive determinou que a CASA ELÉTRICA fosse restaurada, o que não ocorreu até agora.
          A CASA ELÉTRICA foi tombada em 1996 pela prefeitura de Porto Alegre. 
Nestes 22 anos passaram pela administração Municipal, 6 prefeitos. NENHUM investiu na restauração do único patrimônio histórico mundial de Porto Alegre.
Nesta casa, no bairro Glória (Rua Sergipe) foram gravados o primeiro Samba (com esse nome) e o primeiro Tango (El Chamuyo).

"Quarta empresa fabricante de discos do mundo, A Casa Elétrica funcionou na capital gaúcha entre 1914 e 1924. Foi nela que se gravou e prensou o primeiro disco de tango na América Latina e o primeiro bolachão de samba no Brasil." (Zero Hora)
Material enviado por Diego Muller
          Nesta mesma casa foi gravada por primeira vez o tema intitulado Boi Barroso, destacado como o tema mais importante da musicalidade gaúcha.
É um casarão histórico, não somente para a música do Rio Grande do Sul, mas como Brasileira, Latino Americana e mundial.

         A Casa Elétrica virou documentário, filme, livro, pesquisas e mais pesquisas, teses, monografias, e tanto e tanto mais. A "Associação de Amigos da Casa Elétrica", liderada por Ricardo Eckert, tenta, de várias maneiras, uma atitude para que a Casa Eletrica não vá ao chão, assim como a Casa do Imigrante foi. O prédio tem potencial para ser um museu, um centro de pesquisas, uma ampla academia musica, de estudos, de cultura, antropologia, etc. Potencial existe. Fora a arquitetura do prédio, que é também histórica.

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