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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Saiu o Edital Nº 01/2020 - UNIVERSIDADE FEEVALE / SEDAC RS

          A Secretaria de Estado da Cultura – SEDAC, por intermédio da Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo – ASPEUR, TORNA PÚBLICA a abertura de inscrições, entre os dias 08 de junho de 2020 e 18 de junho de 2020, do Edital FAC DIGITAL RS, que selecionará projetos culturais de pessoas físicas que desenvolvam conteúdos digitais que receberão o financiamento de R$ 2.910.000,00 (dois milhões e novecentos e dez mil reais) do PRÓ-CULTURA RS FAC - Fundo de Apoio à Cultura. Será observado o disposto nas condições e exigências estabelecidas neste edital. 

Documentos Necessários (sempre tem um documento burocrático e dificil):
Formulário de cadastro assinado pelo responsável legal e autenticado em cartório.
Comprovante de inscrição e situação cadastral do CPF junto à Receita Federal
Certidão de Situação Fiscal - Tributos Municipais
Certidão de Situação Fiscal – Tributos Estaduais
Certidão de Situação Fiscal – Tributos Federais

Comprovante de inscrição e situação cadastral junto ao CAEPF (Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física) - confesso que este está sendo bastante difícil de providenciar.

Cópia autenticada do RG

Comprovante atualizado de residência no nome do responsável

       O edital tem como objetivo gerar oportunidade de trabalho para artistas, técnicos, produtores e fazedores de cultura, estimulando processos criativos e inovadores para conectar as pessoas em ambiente virtual durante o período de isolamento social.
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Inscrições das 10h do dia 8 de junho até as 10h do dia 18 de junho, nos sites www.procultura.rs.gov.brwww.feevale.br/facdigitalrs

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Atenção CTGs - Saindo Edital do FAC

          Estado anuncia investimento de R$ 2,5 milhões para a cultura

            O edital do Fundo de Apoio à Cultura - FAC Regional, destinado a contemplar 18 projetos para a realização de festivais culturais, foi lançado nesta quarta-feira (13), pelo secretário de Estado da Cultura, Victor Hugo. Pela primeira vez no Rio Grande do Sul, estão sendo contempladas com valores iguais as nove regiões funcionais dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). Cada uma delas terá R$ 280 mil para realizar dois projetos.

          Podem participar pessoas jurídicas de direito privado com sede no Rio Grande do Sul. Para isso, é necessário possuir cadastro ou cadastrar-se no Sistema de Financiamento da Secretaria da Cultura, no site www.procultura.rs.gov.br. Todo o processo é online. Os produtores culturais devem estar com o cadastro regularmente habilitado até o dia 30 de maio de 2016.

          O evento de lançamento do edital ocorreu na Univates, em Lajeado, na abertura do Fórum dos Coredes, com a presença de representantes das nove regiões funcionais.

O edital

          O objetivo do FAC Regional é selecionar festivais culturais para receber o financiamento do Fundo de Apoio à Cultura. São considerados festivais culturais eventos artísticos, apresentações e espetáculos de caráter não competitivo e que componham uma mostra da produção de uma ou mais áreas culturais. Podem ser denominados festival, mostra, ciclo, circuito, entre outros. Projetos nas áreas de Dança, Teatro, Circo, Artes Visuais, Artesanato, Audiovisual, Culturas Populares, Literatura, Música e Tradição e Folclore estão aptos a concorrer.

           O festival cultural deverá possuir duração mínima de três dias e ocorrer em pelo menos dois diferentes municípios da região funcional selecionada. Além disso, deve prever entrada franca, apresentar na inscrição pelo menos 50% das atrações previstas na programação, e definir os locais de realização, com capacidade de público e estrutura. Também deve produzir registro audiovisual do festival, e a realização de ações (oficinas, palestras, seminários, debates) voltadas para a capacitação e compartilhamento da experiência e conhecimento.

Texto: Maria Emilia Portella/Sedac
Edição: Cristina Lac/Secom

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Princípios dos movimentos - Segundo Jarbas Lima

         

           Segundo Alain Touraine, todo movimento social precisa definir-se em relação a três princípios: o da identidade, o da oposição e o da totalidade. 

          Pelo princípio da identidade, todo movimento social tem que assumir uma identidade, reconhecível aos olhos do público em geral e de seus próprios participantes. Nesse aspecto o movimento social se identifica, ou como porta-voz de um setor determinado da sociedade (operários, estudantes, mulheres, etc.), ou como defensor dos interesses de toda a sociedade (um movimento patriótico, nacionalista ou tradicionalista). 

          Pelo segundo princípio, o da oposição, o movimento social se distingue por defender valores não reconhecidos zela totalidade da sociedade. Se todos os membros da sociedade os reconhecessem, não faria sentido o movimento caso em análise, o MTG não foi necessário quando os valores por ele defendidos estavam amplamente institucionalizados na sociedade Rio-grandense. 

          A enorme Difusão cultural vivida no presente século, é a grande confusão mental que provocou em nossos meios, criaram o ambiente social propício para o surgimento de um movimento voltado para a preservação daquela que deu consistência e vitalidade à sociedade gaúcha quando de sua formação. É natural que o MTG enfrente, pois, resistências, obstáculos, forças de inércia que o desafiam. Como tal precisa vencer esta espécie de oposição, apatia ou indiferença. Se o MTG não tivesse adversários, deixaria de existir enquanto movimento, para se transformar numa instituição estabelecida, perdendo sua característica fundamental de movimento que é o de angariar adeptos. 

          Pelo princípio da totalidade, o movimento precisa justificar sua ação com base em valores superiores e em ideais universais que tenham por base uma filosofia de vida. Para persistir um movimento, precisa guardar estreita correspondência entre seus objetivos e as intenções mais correias e elevadas que se possam adotar. Segundo Touraine, os movimentos são o "lugar" estratégico onde se renovam e explicitam os valores da sociedade. Lutando por sua preservação, os movimentos atuam como agentes inovadores, podendo organizar a ação coletiva e influenciar a história de uma sociedade. Ao estudaras sociedades modernas industriais ou pós-industrais, muitos autores colocam os movimentos no centro da análise das mudanças sociais.


Fases dos movimentos

          Os movimentos sociais costumam passar por quatro fases desde seu surgimento até alcançarem uma organização consolidada. A primeira é a fase da inquietação social quando as pessoas estão ansiosas por alcançarem aquilo que um dia será objetivo do movimento, agem descoordenadamente, são sensíveis aos apelos e sugestões dos "agitadores". 

          A segunda é a da excitação popular onde predomina ainda a desorientação, mas já começam a surgir noções bem definidas quanto aquilo que o movimento se propõe. Nesta fase os líderes gozam de grande prestígio no grupo e atuam como profetas ou reformadores carismáticos. 

          A terceira é a fase da formalização, na qual o movimento passa a ter uma forma definida como organização, cria normas, estabelece diretrizes, estratégias e disciplina. Os líderes nesta fase atuam como dirigentes políticos. 

          Na quarta fase, a da institucionalização, o movimento solidifica-se enquanto organização duradoura tem um corpo de militantes permanentes e dispõe de uma estrutura para atingir os seus objetivos. É a fase em que os líderes são exigidos como administradores. Será interessante observar esta teoria do desenvolvimento dos movimentos por etapas para observar a evolução do MTG e avaliar o seu grau de amadurecimento até o presente momento.

         Os autores que estudam a sociologia dos movimentos consideram que eles dependem de alguns mecanismos sociais indispensáveis. O movimento sempre tem necessidade da agitação. É a agitação que sensibiliza as pessoas e as predispõe a integrarem-se ao movimento. No movimento deve estar presente também o "esprít de corps" que leva os participantes a desenvolverem o espírito de camaradagem. Faz desaparecer os sentimentos de estranheza ou indiferença e conduz à cooperação. 

          De outro lado, nenhum movimento persiste sem apoiar-se em aspectos morais que lhe dêem legitimidade, vitalidade e solidariedade na adversidade. Nenhum movimento pode prosperar sem uma ideologia grupal. É a filosofia do movimento que deve ter respeitabilidade, prestígio e apelo popular. 
          
           Finalmente, o movimento necessita de estratégias que garantam o recrutamento de novos adeptos, a conservação dos que já a ele pertencem e a busca dos objetivos que se propõe, estas considerações podem servir de instrumento para se analisar o MTG e se verificar se estes mecanismos sociais se encontram presentes em sua trajetória, conferindo solidez a sua configuração.

          Tendo em vista que a sociedade Rio-grandense tem como uma de suas características acentuadas o que denominamos senso de modernidade, é natural que ela tenha se transformado e se tomado contemporânea do mundo em termos gerais pode-se dizer que o Rio Grande está realizando valentemente a sua transição do estágio agro-pastoril para o industria e pós industrial.