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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

LENDAS BRASILEIRAS - por Diego Muller

De J.C. Paixão Côrtes, L.C. Barbosa Lessa, Ciro D. Ferreira, Ivo Sanguinetti e José Lutzemberger 

     Este é um livro raro. Foi o primeiro livro de Paixão Côrtes, onde acredito também ter sido o primeiro de Lessa, Sanguinetti e Ciro Ferreira, editado pelo 35 CTG, lançado através da antiga Livraria Pluma (Rua Vigário José Ignácio, 788 - Porto Alegre/RS), já que foi escrito entre várias personalidades tradicionalistas atuais (apenas jovens, à época, e participantes ativos do 35 CTG).

     O livro é sobre Lendas Gaúchas, porém, como se vê, foi lançado com o título de "Lendas Brasileiras", já que são, realmente, bem abrasileiradas e nacionais as nossas lendas e os nosso contos regionais sulinos. Entre elas, se encontra: Salamanca do Jarau, Sepé Tiarayú, A Erva Mate, O Passo da Areia, O Umbú, A Origem do Homem, O Boi-Tatá, entre outras tantas. Infelizmente não se tem a identificação de quais escritores descreveu qual lenda na obra, ou se todos deram "seus pitacos" em todas. Para a "cereja desse bolo" cultural, o livro é dotado de imagens do grande desenhista, agrônomo, escritor e arquiteto porto-alegrense José Litzemberguer, também jovem à época. É muito difícil, realmente, de encontrar essa obra por aí, pela idade e pela sua importância... E seu valor, quando encontrado, circula entre uns 300 Reais (justo inclusive). Porém este exemplar foi encontrado por uns 50 Reais (mais correio), em um "cebo" de livros antigos, sendo vendido a ele como "descarte" (descartado em 15 de Junho de 2020, como mostra carimbo datado, dentro do mesmo), feito por uma biblioteca de uma Escola Municipal de Porto Alegre. Deveria ela estar, não só nas prateleiras das Escolas... Muito menos nas prateleiras de "sebos", por aí... Mas sim, servindo de base para fazer as crianças, dessa mesma Escola que a descartou, sonharem com um Rio grande de antes, com um Rio Grande de agora e um Rio Grande de sempre, exaltado pelo culto a suas culturas e tradições (sejam elas de qual origem forem), para que saibamos, não só de onde viemos, mas para onde vamos e como nos "manteremos" vivos, diante às mudanças mundanas e tecnológicas.  

    Lendas Brasileiras é um livro raro... Porém, muito importante para nossa cultura e para a nossa educação.

por: Diego Muller

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A casa de M'Bororé

É uma lenda de inspiração missioneira, típica do Rio Grande do Sul. M'bororé era um índio missioneiro muito amigo dos jesuítas, leal e temente a Deus.


Os jesuítas teriam construído uma casa branca, sem portas e sem janelas, onde guardaram seus tesouros. Quando as missões foram destruídas e os jesuítas tiveram que fugir, deixaram o fiel índio M'bororé encarregado de vigiar o tesouro (ouro, prata, pedras preciosas, alfaias, resplendores de santos, cálices de ouro maciço e moedas de ouro).


O índio velho ficou à espera da volta dos jesuítas, como eles demoraram muito, o índio ficou mais velho, adoeceu e morreu. Mesmo morto jamais deixou que alguém aproximar-se da casa.


Muita gente já viu a casa, mas ninguém conseguiu se aproximar. O local é marcado, mas quando voltam ao local, com outras pessoas e com ferramentas, a casa não está mais lá.


Os conquistadores hispânicos acreditavam na existência de uma cidade de Eldorado (Eldorado ou El Dorado é uma antiga lenda narrada pelos índios aos espanhóis na época da colonização das Américas. Falava de uma cidade feitas de ouro maciço e cujos tesouros existiriam em quantidades inimagináveis).

Extraido do livro:
Manual do tradicionalismo
Manoelito Savaris