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terça-feira, 7 de maio de 2019

Saiu Nota de Instrução do MTG sobre indumentária em concursos culturais

 NOTA DE INSTRUÇÃO 01/2019 – VICE-PRESIDÊNCIA CULTURAL
ATENDIMENTO DE COMISSÃO DE AVALIAÇÃO PARA EVENTOS CULTURAIS
NO RIO GRANDE DO SUL. 


          Dispõe sobre o procedimento e orienta a avaliação no quesito indumentária para o ano de 2019 e até edição de nova orientação, direcionada a todos os eventos promovidos pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG –, bem como entidades filiadas. 

OBJETIVOS:
1) Esclarecer as entidades filiadas a respeito de procedimentos referente a indumentária permitida para os eventos acima mencionados nas categorias Pré-Mirim, Mirim e Juvenil;
2) Orientar a forma de avaliação dos grupos de danças no quesito indumentária durante o ano de 2019, bem como até a edição de novas orientações ou edição de nova diretriz relativo ao tema.

2. DA ABRANGÊNCIA:
1) Enart Pré-Mirim, Mirim e Juvenil 2019;
2) Rodeios e Festivais em que haja avaliação de indumentária, para as categorias Pré-Mirim, Mirim e Juvenil.

3. DA DELIBERAÇÃO:
1) Os grupos de danças tradicionais Pré-Mirim, Mirim e Juvenil poderão utilizar somente o traje atual, sendo vedado o uso do traje histórico.

4. DA JUSTIFICATIVA:
1) A criança deve ser vista e tratada como criança, com a pureza e a beleza de uma criança e espírito de mirim, devendo ser avaliada de forma que incentive a tradicionalidade e a simplicidade, respeitando a sua faixa etária, de acordo com sua categoria. 

5. DAS ESPECIFICAÇÕES:

5. 1. Prenda Mirim:
a) Vestido com tecidos de cores leves e textura que permita a criança também brincar;
b) Vestido com um comprimento abaixo do joelho (nem curto e nem comprido demais), meias soquete curtas se estiver quente, compridas para o frio em cor branca
c) Sapatilha com modelo e tonalidade própria a idade (bege, branco, etc.);
d) Dispensada a uniformidade de modelos e cores.

5. 2. Peão Mirim:
Dispensado o uso do colete e terminantemente vedado o uso de esporas, bem como do lenço de pescoço batendo na bragueta;

5. 3. Prenda Juvenil:
a) Vestido em tons claros, alegres, tecidos estampados e delicados:
a. 1.) Cores quentes (amarelo canário, tom alaranjado);
a. 2.) Cores frias (azul céu, verde em tons claros, tons pasteis mais alegres,
floridos, poás, listrados, em tons claros, próprios a uma menina-moça);
a. 3.) Vedado o uso das cores vermelho, roxo e violeta;
a. 4.) Vedado as cores pesadas e os exageros florais;
a. 5.) Dispensado a uniformidade de modelos e cores.
b) Meia calça cor branca.
c) Adereços: Fitas ou pequenas flores de croché e fuxico. Não usar boleros e nem imitações.
d) Sapatos: Preto, marrom e bege.
e) Cabelos: Devem ser semi-presos, com fitas ou pequenas flores, de crochê, de fuxico, etc...
e. 1.) Terminantemente vedado o uso de coque.
f) Maquiagem: Pó de arroz, rímel e brilho labial. 

5. 4. Peão Juvenil:
a) Bombacha: Não muito larga e comprida, não devendo encobrir as botas.
b) Camisa: tons claros e pastéis:
b. 1.) * Não devem ser semelhantes às cores dos vestidos das prendas.
c) Colete: Fica sendo opcional o uso do colete, podendo ser usado por todos os integrantes ou por parte do grupo.
d) Lenços: normal.
d.1.) Não deve ser totalmente aberto;
d. 2.) Não deve ser caído aos ombros;.
d. 3.) Não deve ser usado à meia espalda.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
- CORTES – João Carlos D´Avila Paixão – Ponto & Pesponto da Vestimenta da Prenda – 1998 – 1ª
Edição.
- CORTES – João Carlos D´Avila Paixão – 70 Danças e a Mesmice.
- CORTES – João Carlos D´Avila Paixão – O Gaúcho: Danças, Trajes, Artesanato.

Assinam a NI o presidente do MTG do RS
e a Vice-presidente de Cultura do MTG

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Nota de Instrução para passagem de palco e de som, para o Enart

           O Departamento de Música do MTG, juntamente do a Vice-Presidência Artística, orienta, mediante por esta Nota de Instrução, a forma como se procederá a passagem de palco e de som para a final do Encontro de Artes e Tradições Gaúchas – ENART – 2017:

1. A passagem de palco dos grupos e som serão realizadas nos dias 16/11 a partir das 8:30h até às 23h30, e no dia 17/11, das 8h00min às 12h, nos Palcos das Danças A e B, para grupos de danças e musicais dos grupos de dança classificados para a final do ENART 2017, nas respectivas categorias;

2. A ordem de passagem de som respeitará a ordem do Agendamento realizado pelo site http://artistico.mtg.org.br, pelo tempo MÁXIMO DE 20 (vinte) MINUTOS; Os participantes não poderão reservar mais de um Horário, sob pena de perder o agendamento dos dois horários, ficando os mesmo liberados novamente, assim que conferido pela organização;

3. O não comparecimento no horário agendado determinará a desistência da passagem de som e de palco antecipada, o mesmo perderá a agenda, não podendo recuperar no final após as passagens ou ocupar o horário de outro faltante. Contudo, será mantido o tempo regulamentar de 05 minutos antes da apresentação da entidade a qual representam, aos que passarem o palco e o Som, o tempo de preparo para a apresentação será de 03 minutos ao invés de 05 minutos;

4. Caso não estejam presentes TODOS os integrantes do grupo musical no horário designado para a entidade, poderão os integrantes presenciais realizar a passagem de som da mesma forma, utilizando todo o tempo que lhes é permitido, porem não terão direito aos 05 minutos no dia da apresentação, terão apenas 03 minutos, que é o tempo de plugagem e ajuste técnicos de carga do perfil de configuração do grupo. O Grupo de danças que não estiver com seu musical ou no mínimo 60% do mesmo (3 componentes) não poderá realizar a passagem de palco. Sendo adiantado os demais agendamentos de horários;

5. Somente será permitido o acesso a passagem de som os músicos do grupo musical devidamente credenciados a força, conforme planilha do site do MTG como tal pela entidade a qual representam, os mesários e auxiliares da empresa de sonorização contratada e os integrantes do Movimento Tradicionalista Gaúcho responsáveis pelo acompanhamento, sendo VETADO EVENTUAIS ASSESSORAMENTOS OU PRODUTORES NÃO DESCRITOS entre estes;

6. Quando o grupo musical tocar para mais de uma entidade e OPTAR realizar a passagem de som somente uma vez, isso lhe será permitido, desde que mantenha a mesma posição na ilha de sonorização, porém os demais grupos de danças perderão o direito de passagem de palco;

7. Em caso de desrespeito as normas e cronograma aqui estabelecidos, o grupo musical e o grupo de danças, PERDERÃO O DIREITO A PASSAGEM DE SOM QUANDO VERIFICADA A IRREGULARIDADE, sem prejuízo de eventuais punições de cunho administrativo e ético;

8. O Agendamento estará disponível no endereço http://www.artistico.mtg.org.br a partir das 19h do dia 09/11

9. Eventuais casos omissos serão resolvidos pela equipe do Departamento de Música e Vice Presidência Artística.

Porto Alegre, Novembro de 2017

MURILO ANDRADE 
DIRETOR DEPARTAMENTO MÚSICA

 JOSÉ ROBERTO FISCHBORN
 VICE PRESIDENTE ARTÍSTICO MTG

Fonte: MTG

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS PARA DANÇAS TRADICIONAIS - 2017

   
         A equipe técnica da área de danças tradicionais do Enart divulgou algumas considerações acerca de Correção Coreográfica, Interpretação Artística e Harmonia de Conjunto, para orientar os dançarinos.



Correção Coreográfica - ENART 2017

ANÚ
- Posição inicial é em fila, podendo ser um tanto encurvada, desta forma, a formação inicial em meia lua, caracterizará erro coreográfico.
- Durante a 1ª parte do canto e sua repetição, sempre que possível, de acordo com o espaço físico, deverá ser realizado os passos para frente.
- Não será necessário posicionar-se para o reinício da dança, ao “som” da melodia introdutória e sim na melodia introdutória como descreve o início da dança, podendo assim, usar a pausa musical que faz parte da melodia.
- Na 8ª Figura, a premissa básica é que ambos precisam alcançar a sua mão, para tanto deverão respeitar o tempo correspondente para tal, não podendo o peão ou a prenda, concluir o movimento de extensão do braço antes deste tempo.

BALAIO
- 1ª Figura deve ser iniciada mais ou menos onde realizou o giro saudação.
- 2ª Figura - juntar complementar do pé - no 2º tempo do 16º compasso desde que não inicie o próximo sarandeio e sapateio no “Ba”.
- 2ª Figura - o 1º tempo do 16º compasso deve ser uma flexão acentuada dos joelhos pelas prendas.

CANA VERDE
- 1ª Figura deve ser iniciada mais ou menos onde realizou o giro saudação.

CARANGUEJO
- 1ª Figura – as mãos unidas as costas pelos peões e tomada da saia pelas prendas é somente para as três marcações, podendo soltá-las simultaneamente ao retorno do pé lado a lado.
- 2ª figura – a 1ª castanhola pode ser realizada até a conclusão do 1º passo de juntar lateral.

CHICO SAPATEADO
- Posição inicial – não poderá ser caracterizado dependência dos pares para formar a dança.
- 2ª figura – será considerado como perda da relativa simultaneidade caso o peão interrompa seu sapateio em giro, por mais de um compasso em relação aos 4 compassos do giro das prendas.

CHIMARRITA
- Não será cobrado a descaracterização das fileiras de peões e prendas, na 2ª figura, pelo fato de se posicionarem intercaladas as fileiras de um grupo e outro de pares, ao se cruzarem na evolução da dança, porém não poderão caracterizar fileiras mistas de peões e prendas quando estiverem realizando movimentos no mesmo lugar. Por exemplo: na posição inicial e no momento das marcações de passos de polca da 2ª figura.

CHIMARRITA BALÃO:
- Posição inicial – não poderá ser caracterizado dependência dos pares para formar a dança.
- 2ª figura – será cobrado conforme descrição, o tempo de início e finalização dos giros dos peões, além da ação contínua do giro deste sapateio.

CHOTE CARREIRINHO:
- Posição inicial – não poderá ser caracterizado dependência dos pares para formar a dança.

CHOTE DE 7 VOLTAS:
- Posição inicial – não poderá ser caracterizado dependência dos pares para formar a dança.

CHOTE DE DUAS DAMAS:
- Na página 130, imediatamente após o desenho de um exemplo de realização da “figura do oito” deve ser acrescido de uma Nota para a repetição da Figura Fundamental.
- As prendas tem até a conclusão do 2º passo de marcha da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª figuras, para tomar da saia com a mão que está livre.

CHOTE DE QUATRO PASSI:
- Entre a 3ª e 4ª figura, se optar em realizar um passo, que o mesmo caracterize um afastamento dos pares, ou seja, diagonal ou para trás.
- 1ª Figura - passo de retorno do passo de polca, deve ser para frente, igual ao descritivo da ida.

CHOTE INGLÊS
- 1ª Figura – para reinício da mesma, poderá ser realizada a tomada de mãos simultâneo ao 1º movimento do 1º passo de juntar, no caso de não realizarem um afastamento mediante a 1 passo de juntar descrito na Nota 1, página 148. Porém os passos de juntar deverão ser realizados lateralmente, sendo que diagonal para trás, caracterizará erro coreográfico.
- Na primeira e terceira figuras as conclusões dos cumprimentos poderão ser realizados simultâneo ao movimento subsequente.

HAVANEIRA MARCADA
- Posição inicial – não poderá ser caracterizado dependência dos pares para formar a dança.

MEIA CANHA
- Os pares não poderão formar outras posições geométricas antes de formarem a roda do início da coreografia mais usual e quando formada a roda de mãos dadas conforme descrição, a roda deve girar.
- Nota 2 - as variantes, quando executadas, devem manter as características desta dança, além de manter a formação de rodas concêntricas.
- Após o verso da prenda, todos os pares da roda devem dar as mãos para fazer a roda girar e somente depois que girar, poderá ser aberto o espaço para o par do centro voltar para roda.
- Variantes: os pares dançam ao som da Polca, ou seja, não pode dançar sem música e não pode alguns pares estarem dançando e outros parados.

PEZINHO
- A flexão da 3ª figura, deve ser mais acentuada em relação a flexão da 1ª figura.

QUEROMANA
- Posição inicial é em fila, podendo ser um tanto encurvada, desta forma, a formação inicial em meia lua, caracterizará erro coreográfico.
- 1ª Figura e repetição da mesma, sempre que houver espaço físico, os passos devem ser realizados para frente.
- 2ª Figura – será cobrada a mudança de formação da figura, caso inicie em fila e mude para curva ou vice versa.
- 2ª Figura – a acentuação deve ser de todos os movimentos e de forma a demonstrar uma intensidade na figura do “bate pé”.

ROSEIRA
- 1ª Figura - só será aceito um passo de juntar no meio do passeio se for para realizar um cumprimento ou reverência à prenda em função da característica do ciclo desta figura.
- 2ª Figura – o tempo musical para início dos passos de polca do valsado é o 9º compasso.
- 3ª Figura – será cobrado os tempos de início e fim do giro das prendas.

SARRABALHO:
- Não será cobrado a descaracterização das fileiras de peões e prendas, nas 1ª e 3ª figuras, pelo fato de se posicionarem intercaladas as fileiras de um grupo e outro de pares, ao se cruzarem na evolução da dança, porém não poderão caracterizar fileiras mistas de peões e prendas quando estiverem realizando movimentos no mesmo lugar. Por exemplo: na posição da 2ª figura.
- A descrição contida na Primeira Figura (página 217, 5º § na 3ª linha e na Terceira Figura página 219, 5ª linha) referente aos cumprimentos descritos, onde se lê: “cumprimentando-se”,
leia-se “Iniciando o cumprimento. ”

TATU COM VOLTA NO MEIO:
- 1ª Figura – os peões iniciam o sapateio no mesmo tempo descrito para o sarandeio das prendas.
- Para finalizar as variantes enlaçadas, só poderá ser realizado um passo de juntar complementar após o último passo e/ou salto de polca, não podendo realizar um afastamento mediante a um passo de juntar (2 movimentos) ou um passo de marcha.
- 2ª figura – será cobrado os tempos de início e fim dos giros das prendas.

TIRANA DO LENÇO:
- Posição inicial – não poderá ser caracterizado dependência dos pares para formar a dança.
- 3ª Figura – tal qual a primeira figura, os sapateios e sarandeios interrompidos deverão ser realizados mais ou menos na mesma posição que início a figura.

Interpretação Artística - ENART 2017

            A orientação dada pela equipe de interpretação artística, é que os grupos dancem de forma tradicional e simples, com cordialidade e respeito a mulher.

            Ressaltamos que a interpretação aborda alguns sentidos primordiais do ser humano, e através de diferentes expressões faciais e corporais é possível perceber as emoções que estão sendo vividas e /ou transmitidas.

            Sugerimos que os grupos mantenham a autenticidade e originalidade contidas nas danças, caso algum grupo opte por modificar ou estilizar algum movimento poderá ser penalizado.

Balaio
1ª figura – o deslocamento da roda no sentido anti-horário, as prendas devem iniciar o deslocamento pela sua esquerda para assim manter a tradicionalidade.
Assim como os passos de marcha desta mesma figura, devem ser realizados da forma mais simples, não podendo cruzar os pés ora pela frente ora por trás.
2ª figura – A flexão acentuada dos joelhos das prendas, ao final do sarandeio, deverá ser realizado para evidenciar o embolsar da saia. (PAG.75).

Meia canha
As quadrinhas, devem ser constituídas de 4 versos (linhas), cada uma constituída de 7 silabas poéticas), rimados normalmente o 2º com o 4º verso.

Pau de fitas
Atentar para o andamento musical, não descaracterize o ciclo coreográfico.

Pezinho
A flexão dos joelhos, na 3ª figura, deverá ser mais acentuada do que a da 1ª figura.

Quero mana
2ª figura – Tradicionalmente os passos de polca são realizados de maneira firme ao solo, caracterizando mais ou menos um “Bate Pé”

Levante
O levante deve contemplar o ciclo do fandango ou das danças hibridas.

Harmonia de Conjunto - ENART 2017

            A Equipe Técnica de Avaliação do Enart 2017, entende que as propostas apresentadas pelos grupos, devem ser feitas da maneira clara e objetiva, primando sempre pelo conceito básico e clássico de harmonia o qual se relaciona a ideia de beleza, proporção, posição e ordem.

            Entendemos ainda que dança pode ter ou pertencer a vários ciclos, mas o que induz e a representa, é o conjunto de movimentos acompanhados por uma música (melodia), sendo assim para a modalidade de danças tradicionais é o que fará tornar a dança bonita e agradável aos olhos de quem vê.


domingo, 27 de agosto de 2017

Grupos de Danças - Fiquem atentos à NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 03/17

Dispõe sobre a forma de avaliação dos grupos de danças no quesito indumentária

MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO
MTG/RS - VICE-PRESIDÊNCIA DE CULTURA
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 03/17 


  DOS OBJETIVOS
            Estabelecer esclarecimentos para avaliação de indumentária para os grupos de danças tradicionais participantes de atividades competitivas;
             Auxiliar no cumprimento do Artº 17, paragrafo 1º do Regulamento Artístico do Rio Grande do Sul;
             Esclarecer a forma de fabricação da peça “Chiripá”;
             Elucidar quanto ao traje da prenda que realiza a apresentação dos grupos de danças no Enart, em todas as suas fases.

  DA ABRANGÊNCIA
            Rodeios, festivais e encontros em que haja a avaliação de indumentária dos grupos de danças.

  DA JUSTIFICATIVA
           Considerando os questionamentos quanto aos procedimentos e forma da avaliação da indumentária em eventos;
           Considerando a introdução de peças históricas fabricadas de tecidos não adequados;
           Considerando a importância da apresentação dos grupos de danças das entidades por suas respectivas prendas;
           Considerando as reuniões do grupo de estudos de Indumentária Gaúcha realizadas em junho e agosto de 2017.

DA DELIBERAÇÃO
Sobre aspectos da avaliação do quesito de indumentária;
Em relação à confecção de trajes históricos;
Acerca da indumentária correta a representatividade da prenda.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Essa Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação e serve como um complemento da Nota de Instrução 02/2017.

QUANTO À UTILIZAÇÃO DE FIGURINOS

             Os dançarinos dos grupos de danças que dançarem somente as coreografias de entrada e saída, poderão ficar próximos do tablado com o figurino dessas coreografias. Os dançarinos que participarem das danças tradicionais deverão estar devidamente pilchados, mesmo fora do tablado, não sendo permitida a mistura de peças e/ou acessórios do figurino das coreografias de entrada e saída com a indumentária gaúcha.

           Caso isso ocorra, deverá ser feito em um espaço reservado e preparado pelo próprio grupo.

QUANTO AOS ACOMPANHANTES DOS GRUPOS DE DANÇAS

           Os integrantes das entidades e regiões tradicionalistas (coordenadores, patrões, membros da patronagem, coordenadores artísticos, carregadores, etc...), que estiverem auxiliando e acompanhando os grupos de danças nos espaços ao redor do tablado deverão estar devidamente pilchados e serão avaliados conforme as diretrizes estabelecidas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho.

QUANTO À CONFECÇÃO DO CHIRIPÁ

            Considerando as obras e as citações abaixo:

Indumentária Gaúcha – Ilva Maria Borba Goulart, Maria Izabel Trindade de Moura, Sonia Suzana de Campos Abreu e Lílian Argentina Braga Marques. 2003.

Página 68:
“Conforme Tito Saubidet (1952) in 'Vocabulario y Refranero Criollo', a palavra chiripa procede do quíchua (chiri = frio; pac = para). Roupa característica do gaúcho. Consiste de um pano 'burdo' (espesso) e leve, geralmente de baeta, passado entre as pernas...”

 Página 69:
“Quanto à dimensão do chiripá, nos informa Roque Callage: vestimenta rústica, sem costuras, usadas pelos campeiros, constituída de metro e meio de fazenda, a qual passando por entre as pernas é apertada na cintura, sem duas extremidades, por uma cinta de couro...”

O GaúchoJoão Carlos Paixão Côrtes. 1985.

Página 139:
“... Ao encontro dessa nossa opinião é a anotação de João Mendes da Silva, em 1884, já citada anteriormente por nós. Romagueira Corrêa (1892) ao dicionarizar chiripa, o descreve como vestimenta usada pelos peões de estância ou camponeses, que consta de uma peça quadrilonga de fazenda (metro e meio) a qual, passando por entre as pernas e apertada à cintura em suas extremidades por uma cinta de couro ou por meio de tirados. Para fazer o chiripa pode-se empregar e usa-se geralmente, um poncho de pala”.

Página 140:
“Eram confeccionadas com tecido de boa caída e geralmente de uma só tonalidade. Listras, com barras na borda do comprimento maior, eram de tecido, segundo alguns, de apala, como chamam na Argentina”.

Página 254:
“O Pala, tal como aconteceu com o poncho, afora o seu período natural de manufatura caseira, através de tecidos de peças oferecidas nas casas comerciais de outrora era confeccionado em teares primitivos, tanto em tessitura fina de lã in natura como de urdidura em algodão."

Mão Gaúcha – Barbosa Lessa. 1996.

Pagina 87:
Lã tecida – a fiação doméstica é exercida pelas mulheres utilizando teares rústicos. Com fios grossos fazem-se xergões, cobertores e ponchos bicharás; em casas mais requintadas usam-se tapetes de lã, inclusive sob a forma de trilhos para corredores longos”.

Página 88:
“O tecido de tricô se faz com duas agulhas grandes de madeira. É a técnica mais utilizada para casacos femininos, capuzes, luvas, etc. Permite desenhos e relevos mais rebuscados. O tear é utilizado para a confecção de xergões, cobertores, ponchos masculinos. Permitem um tecido mais fechado, que propicia abrigo”.

O Gaúcho – usos e costumesEdison Acri. 1991.

Era um pano grande de forma retangular, de baeta. Colocava-se em forma de fralda, passado por entre as pernas”.

Indumentária GaúchaAntônio Augusto Fagundes. 2001.

Página 21:
“... E o chiripá tradicional era de merinó, ou então feito de um pala. No mais discreto e másculo...”

Viagem ao Rio Grande do SulAuguste de Saint Hilaire. 1999.

Página 87:
Essa mulher achava-se a fazer a fiar lã para fazer ponchos grosseiros, para os negros, e que se empregam também à guisa de cheripá. Mostrou-me um pano de linho muito bem feito.”

Pilchas do GaúchoVéra Stedile Zattera. 1998.

Página 161 citando Fernando Octavio Assunção
“El chiripa colocado entre las piernas, como pañal, es de uso algo más tardio, como ya indicamos y fue, casi siempre, en principio, um poncho o um médio poncho de telar, por lo que naturalmente, tenía flecos em su perímetro y era de um color de fondo, con listas o rayas de outro u otros colores.”

            Em entrevista realizada com a senhora llva Maria Borba Goulart, uma das autoras do Livro de Indumentária do Movimento Tradicionalista Gaúcho (2003), ela explica:

            A história da formação do Rio Grande do Sul, que é pastoril, está intrinsecamente ligada à tradição gaúcha, o que justifica ser a pilcha gaúcha o traje característico do RS.

            O Movimento Tradicionalista Gaúcho desde os primórdios busca a preservação do patrimônio sócio-cultural do povo gaúcho. Congregando, em sociedade, os defensores dos costumes, dos hábitos, da cultura, dos valores morais e éticos do gaúcho rural. É também o órgão coordenador das atividades tradicionalistas no Estado, sendo responsável pela disciplina do uso adequado das pilchas que se subdividem em trajes de épocas ou históricos e traje atual.

“O autêntico e não a invencionice.” 
“A moda é inimiga da tradição”

Um breve relato das peças em pauta:

Pala - uma peça quadrangular, com uma abertura no centro, para enfiar a cabeça. (Poncho-pala tem gola). Feito em tear com paus para bater a lã, nos teares dos índios pampeiros, teares verticais, utilizados para tecelagem “El requé” ou pala de madeira dura, daí o nome da técnica que deu o nome à peça (pala).

Pala - lazinhã, vicunha, merinó, seda e alguns foram feitos em algodão com listras longitudinais, quase todos eles. “Pala” - manto os gregos e romanos (origem Helênica) chamado também de palé (luta), medindo mais ou menos 2mx1,60m. É uma única peça quadrangular, portanto não tem emenda.

Chiripá saia - usado entre os índios em 1786, pano de algodão ou baeta (lã fina), feito em tear, com ou sem franjas (quando possuem franjas as mesmas são feitas do mesmo pano), é um pano retangular, enrolado na cintura, aberto no lado esquerdo e preso por faixa e guaiaca.

Chiripá farroupilha - influência da região da fronteira castelhana (Uruguai e Argentina), uma peça quadrilonga mais ou menos 1,50m, não era curto, o pano fica abaixo do joelho - “uma fralda grande fixada na cintura pela guaiaca”. Muitas vezes foi substituído por um pala de lã fina.

           Vestimenta rústica, sem costuras, usada pelos campeiros (pano inteiro) podendo ter listras nas laterais (barrados) com franjas ou não.

            Saliento que essas três peças: pala, chiripá-saia e chiripá-farroupilha são peças históricas e deverão ser obrigatoriamente preservadas o mais próximo possível da sua autenticidade.

Fontes: Fernando Assunção; Tito Soubidet; Paixão Côrtes e Livro de Indumentária Gaúcha.  

A máquina de costura só apareceu no século XIX:

            Em 1971, surgiram as máquinas - fios têxteis, para atender o mercado malheiro. Inicialmente eram apenas acessórios agulhas, ferro a vapor e aviamentos.

           Em 1985, a fábrica alemã de teares eletrônicos “Universal” trás para o Brasil equipamentos de última geração em soluções para tecelagem eletrônica, com fios industrializados e com a inovação dos fios de malha com o nome: “máquinas que fazem a moda”. (A.H.Gmmbh).

           Atualmente ainda temos como adquirir panos (lã, algodão e seda) que nos deixam mais próximos da originalidade das peças em pauta.
llva Maria Borba Goulart

           Com base nos textos supracitados e buscando esclarecimentos quanto à forma de confecção do chiripá, torna-se possível compreender que a peça em questão NÃO PODERÁ ser fabricada em teares que tenham como produto final a “MALHA” que nada mais é que o resultado do volteamento de fios.

           Também esclarecemos que o tecido do chiripá tem urdidura, que significa “conjunto de fios de mesmo comprimento reunidos paralelamente no tear por entre os quais se faz a trama. (Sin.: urdimento, urdume.)”. (Dicionário Online de Português).

QUANTO AO TRAJE DA PRENDA QUE APRESENTA OS GRUPOS DE DANÇAS 

As prendas de faixa que realizarem a apresentação dos grupos de danças no Enart, em todas as suas fases, deverão estar devidamente pilchadas, de acordo com o Livro de Indumentária do Movimento Tradicionalista Gaúcho (2003), com a ampliação da Nota de Instrução 02/2017, ou com a Diretriz da Pilcha Gaúcha.
Figura meramente ilustrativa do livro da professora Vera Stédile Záttera

Os trajes permitidos são: Primitivo; Farroupilha; Estancieira e Atual.

Porto Alegre, agosto de 2017.

            Anijane Luiz dos Santos Varela                     Nairioli Antunes Callegaro 
Vice-Presidente de Cultura do MTG                      Presidente do MTG


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Danças Tradicionais - Nota de Instrução 05/2016 - Vice Presidência Artística do MTG

NOTA DE INSTRUÇÃO 05/2016

            Com a intenção de auxiliar o comum entendimento entre o que os autores da obra “Danças Tradicionais Gaúchas – 4ª edição” descreveram, e o que os leitores compreendem, a Vice-presidência Artística do Movimento Tradicionalista Gaúcho apresenta a seguinte nota com o intuito de elucidar algumas dúvidas, de como devem ser realizados corretamente os passos e as figuras contidos nessa obra.


Cumprimento:
Na página 45, 2º Parágrafo na segunda linha.
O fato de descrevermos que “Para concluir, o cumprimento os corpos voltarão à posição inicial. ” Gerou a preocupação dos leitores para realizarem-no corretamente em algumas danças, tais como:

Chote Inglês
O que está descrito na Página 149, 2º parágrafo:
NOTA 3: “Na Primeira e Terceira figuras a conclusão do segundo cumprimento poderá ser realizada simultânea ao primeiro movimento do passo de chote. ”
Deverá ser compreendido da seguinte forma:
“Na primeira e terceira figuras as conclusões dos cumprimentos poderão ser realizados simultâneo ao movimento subsequente. ”

Sarrabalho
A descrição contida na Primeira Figura (página 217, 5º §, na 3ª linha e na Terceira Figura página 219, 5ª linha)
Referente aos cumprimentos descritos, onde se lê: “cumprimentando-se”, leia-se “Iniciando o cumprimento. ”

Cana Verde
Na página 81, a Posição Inicial é o título dado a uma sucessão de figuras, tais como:
Posicionamento dos pares na sala;
Passeio dos pares de braços dados;
Giro saudação e posição para o início das figuras da dança.
Por tanto, para compreendermos o que está contido na página 84 em seu segundo parágrafo, que diz:
Para reiniciar a dança, os pares estarão mais ou menos no mesmo lugar e posição inicial...”
Deve ser compreendido mais ou menos o lugar e a posição que realizaram o Giro Saudação.

Chote de Duas Damas
Na página 130, imediatamente após o desenho de um exemplo da execução da “figura do oito” deve ser acrescido uma nota para a repetição da Figura Fundamental.

Meia Canha
Na página 166, o texto contido na (NOTA 2) deve sofrer um acréscimo no seu texto ficando da seguinte forma:
NOTA 2: As variantes, quando executadas, devem sempre manter as características desta dança, além de manter a formação de rodas concêntricas.

Atenciosamente
José Roberto Fischborn
Vice Presidente Artistico MTG RS

terça-feira, 26 de maio de 2015

Atenção para a Nota de Instrução sobre indumentária

NOTA DE INSTRUÇÃO 01/15

                                                 Dispõe sobre procedimentos e orienta a avaliação dos grupos de danças no quesito “indumentária” para o ano de 2015 e até edição de nova orientação.


1. DOS OBJETIVOS

a.    Esclarecer as entidades filiadas a respeito de procedimentos quando tratar de indumentária para os grupos de danças tradicionais que participam de atividades competitivas e, especialmente do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha – ENART;

b.    Orienta a forma de avaliação dos grupos de dança, no quesito Indumentária, durante o ano de 2015 e até a edição de novas orientações ou edição de nova Diretriz relativa ao tema.

2. DA ABRANGÊNCIA

a.    ENART 2015, em todas as suas fases, rodeios e festivais em que haja avaliação de indumentária dos grupos de danças tradicionais das categorias adulto, veterano e xirú.

b.    Rodeios e festivais em que haja avaliação de indumentária, para as categorias adulto, veterano e xirú.

c.    Esta NI NÃO se aplica ao Festival Gaúcho de Danças – FEGADAN, que segue orientações específicas.

3. DAS JUSTIFICATIVAS

a.    Considerando a decisão do Congresso Tradicionalista de Uruguaiana para o reestudo do tema que envolve indumentária, especialmente a de cunho histórico;

b.    Considerando a nomeação de uma comissão para reestudar o assunto e revisão da bibliografia, com a definição de utilização, no ano de 2015, exclusivamente o livro “Indumentária Gaúcha”, publicação do Movimento Tradicionalista Gaúcho, como fonte de referência;

c.    Considerando o resultado dos debates estabelecidos por ocasião do Painel Geral de Indumentária do MTG, realizado no dia 25 de abril do corrente ano;

4. DA DELIBERAÇÃO

a.      O grupo que utilizar trajes históricos, deverá observar, na confecção das vestimentas, o que está disposto nas páginas 125 até 152 e 161 a 166 do livro base, que apresenta, de forma didática, a classificação dos trajes de época e a descrição das peças a serem utilizadas. Já o grupo que utilizar o traje atual deverá atentar para as Diretrizes para a Pilcha Gaúcha atualizada, conforme as Convenções Tradicionalistas de nº 76ª, 77ª e 78ª. 

b.    O grupo que optar pela utilização da bota garrão de potro no traje farroupilha, poderá fazê-lo, DESDE QUE a prenda esteja acompanhando a época/traje/condição social, calçando sandálias (página 33, figuras 3 e 4), tamancos ou mantendo os pés descalços.

c.    As prendas que utilizarem traje da época farroupilha poderão ter seus cabelos presos em coque, além dos outros penteados já previstos na página147.

d.    O traje feminino da época farroupilha permite pequenos e discretos bordados no casaquinho (gola, punho) e na blusa, pequenas rendas e bordados discretos na mesma cor, vedado o uso de linhas de seda.

e.    O traje masculino da época farroupilha exige a utilização de colete ou jaleco, ou ainda, dos dois.

f.       Quanto à utilização do pala, somente serão aceitas duas formas de uso: a meia espalda ou sobre o ombro. Para atar o pala pode ser usado um tento de couro, argola de osso, anel de metal, ou ainda, o mesmo pode ser preso por um nó. Salienta-se que a utilização exige que o pala seja dobrado ao comprido, e não enrolado.

g.    O uso de colete de couro somente será permitido no traje primitivo (chiripá saia de algodão).

h.   Os grupos poderão representar, através de seus trajes, as épocas de transição. Todavia, somente será aceito o uso de dois trajes no mesmo grupo, se estes forem:
1)    Chiripá primitivo (saia de lãzinha) com chiripá farroupilha, sendo que a prenda deverá acompanhar a mesma época/classe social do peão;
2)    Chiripá farroupilha com bombacha.

OBS: Os trajes de estancieiro e de chiripá primitivo de algodão, em hipótese alguma, serão aceitos como transição, ou usados em conjunto com outros trajes. Os grupos que optarem por sua utilização deverão vestir todos os dançarinos com peças representativas da mesma época/classe social.

i.        No traje de estancieiro, os calções e a jaqueta não podem ser de cores diferentes.

j.      Observa-se que o traje feminino da época do estancieiro permite que, no arremate do véu com a peneta, possam ser usadas pequenas e delicadas flores.


Porto Alegre, 06 de maio de 2015.

Manoelito Savaris
Elenir Winck
José Roberto Fischborn