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quarta-feira, 17 de junho de 2020
quinta-feira, 19 de maio de 2011
O que é o Gaúcho
Escutando a rádio web Terra Gaúcha e o Matias falando sobre o que é o Gaúcho, resolvi dar a minha contribuição.
O gaúcho é o tipo característico da campanha. É o nome que se dá ao homem do campo na região dos pampas e, por extensão, aos nascidos no Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina (região da Pampa). O termo gaúcho passou a se generalizar a partir de 1800. Até então, os nascidos no nosso Estado (Província) eram chamados continentinos ou rio-grandenses.
O gaúcho surgiu da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, que viviam livres cuidando do gado no pampa gaúcho. Por estar ligado ao campo, tornou-se hábil cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira. O gaúcho era livre, sem patrão e sem lei. Antigamente, os gaúchos não eram bem vistos, pois Inúmeros defeitos lhes eram apontados, tais como: ladrões, homens irresponsáveis, malandros, perturbadores da paz.
Em 1820, o francês Augusto Saint-Hilaire assim descreveu o gaúcho: “homem que vivia da carne, morava em ranchos, andava a cavalo e com os hábitos do chimarrão e do fumo. Os gaúchos eram homens de maus costumes, que viviam andando pelas fronteiras. Eram ainda os gaudérios, que andavam sós, sem chefes, sem leis, sem polícia, com idéias vulgares, gostavam de dinheiro para jogar corridas de cancha reta”.
Com o estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, o gaúcho perdeu seus hábitos nômades. Integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias. O reconhecimento de sua habilidade de campeiro e de sua bravura na guerra fez com que o termo “gaúcho” perdesse a conotação pejorativa.
Depois da revolução da arte e da literatura no Brasil e, por consequencia no Rio Grande do Sul,, o gaúcho passou a ser considerado homem digno, bravo, destemido e patriota.
O gaúcho é definido pela literatura, como um indivíduo machista, altivo, irreverente, guerreiro, legítimo, é o “centauro dos pampas" como escreveu Augusto Meyer.
O gaúcho de hoje é fruto da contribuição do índio, do negro, do português, do espanhol, do alemão, do italiano e tantos outros povos, que para cá vieram construir o Rio Grande com uma vida melhor. Por isso, aos poucos o termo gaúcho passou a identificar os filhos do Rio Grande do Sul, não como etnia, mas como um ser cultural. O adjetivo se estende ao que é referente a esses homens da vida pastoril, como vida gaúcha, dança gaúcha.
O povo gaúcho valoriza muito suas tradições, exalta a coragem e a bravura de seus antepassados, canta seu apego à terra, seu amor à liberdade, motivando assim o surgimento de uma literatura gauchesca. Por este motivo existem gaúchos paulistas, negros, dinamarqueses, americanos...por ser um estado de espírito.
O alimento predileto do gaúcho é o churrasco e o arroz-de-carreteiro. O chimarrão é a bebida preferida, chegando a ser o símbolo da hospitalidade e da amizade.
O gaúcho é o tipo característico da campanha. É o nome que se dá ao homem do campo na região dos pampas e, por extensão, aos nascidos no Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina (região da Pampa). O termo gaúcho passou a se generalizar a partir de 1800. Até então, os nascidos no nosso Estado (Província) eram chamados continentinos ou rio-grandenses.
O gaúcho surgiu da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, que viviam livres cuidando do gado no pampa gaúcho. Por estar ligado ao campo, tornou-se hábil cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira. O gaúcho era livre, sem patrão e sem lei. Antigamente, os gaúchos não eram bem vistos, pois Inúmeros defeitos lhes eram apontados, tais como: ladrões, homens irresponsáveis, malandros, perturbadores da paz.
Em 1820, o francês Augusto Saint-Hilaire assim descreveu o gaúcho: “homem que vivia da carne, morava em ranchos, andava a cavalo e com os hábitos do chimarrão e do fumo. Os gaúchos eram homens de maus costumes, que viviam andando pelas fronteiras. Eram ainda os gaudérios, que andavam sós, sem chefes, sem leis, sem polícia, com idéias vulgares, gostavam de dinheiro para jogar corridas de cancha reta”.
Com o estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, o gaúcho perdeu seus hábitos nômades. Integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias. O reconhecimento de sua habilidade de campeiro e de sua bravura na guerra fez com que o termo “gaúcho” perdesse a conotação pejorativa.
Depois da revolução da arte e da literatura no Brasil e, por consequencia no Rio Grande do Sul,, o gaúcho passou a ser considerado homem digno, bravo, destemido e patriota.
O gaúcho é definido pela literatura, como um indivíduo machista, altivo, irreverente, guerreiro, legítimo, é o “centauro dos pampas" como escreveu Augusto Meyer.
O gaúcho de hoje é fruto da contribuição do índio, do negro, do português, do espanhol, do alemão, do italiano e tantos outros povos, que para cá vieram construir o Rio Grande com uma vida melhor. Por isso, aos poucos o termo gaúcho passou a identificar os filhos do Rio Grande do Sul, não como etnia, mas como um ser cultural. O adjetivo se estende ao que é referente a esses homens da vida pastoril, como vida gaúcha, dança gaúcha.
O povo gaúcho valoriza muito suas tradições, exalta a coragem e a bravura de seus antepassados, canta seu apego à terra, seu amor à liberdade, motivando assim o surgimento de uma literatura gauchesca. Por este motivo existem gaúchos paulistas, negros, dinamarqueses, americanos...por ser um estado de espírito.
O alimento predileto do gaúcho é o churrasco e o arroz-de-carreteiro. O chimarrão é a bebida preferida, chegando a ser o símbolo da hospitalidade e da amizade.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Ser Gaúcho...
No século XVIII e XIX (talvés inicio do século XX) ser chamado de gaúcho era considerado pejorativo. Eram assim tratados aqueles que viviam à margem da sociedade da época. O gaúcho era um aventureiro que vivia em bandos, vagando pelas terras sem dono. Esses gaúchos também era conhecidos por changadores, viviam em grupos de mestiços (indios, negros, desertores portugueses e espanhóis) e às vezes prestavam trabalhos nas fazendas para os estancieiros por troca de comida. Eram muito valentes e, normalmente, ligados aos serviços braçais e também às lides campeiras. Foi no inicio do século XX, com o regionalismo literario liderado por Alcydes Maya e também por Vargas Netto e João Simoes Lopes Netto que o gaúcho passou a ganhar espaços como o gentílico sulriograndense. Homem bravo, corajoso, centauro dos pampas, Monarca das coxilhas.
Curiosidades sobre o Gaúcho:
Como é morrer para o gaúcho? "...bater as conjuntas" (tiras de couro que prendem os bois ao jugo) " ...Bater com a cola nas cerca." "...Bater as botas..." "...esticar as canelas...." "ir pra cidade dos pés juntos" "...dar boia aos corvos... "
Definições bem campeiras...que meu avô dizia:
"Liberdade pro gaúcho...é andar de rédeas soltas..." (gosto deste) "Gaúcho não mente...conta vantagem...garganteia..." "Gaúcho nao fica em apuros como em outrso estados... Fica no mato sem cachorros..."
Questionamentos campeiros...que você tem que saber pra morar na campanha...
Com quantos paus se faz uma canoa? Tu sabes quanto pesa "uma pitada de sal"? A vaca quando deita...flexiona primeiro as patas dianteiras ou as traseiras? O cumprimento do gaúcho... Segundo Caldre e Fião...no finalzinho do século XIX os gaúchos campeiros se cumprimentavam batendo os antebraços em forma de cruz. Depois, existem os registros de Barbosa Lessa após a criação do 35 CTG dizendo que existia um leve tocar de dedos, uma batida no antebraço e um "quebra-costelas" espalhafatoso... Depois de muitas discussões, ficou acertado tocar as mãos, bater no antebraço e o aperto de mãoes ou um forte abraço de confirmação da amizade!!!!! Em Bagé ainda tem uns indios que tocam os dedos,,,,tocam o antebraço , tocam no ombro e finalmente apertam as mãos.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
O Gaúcho e o Imaginário Social - Mito de Origem -

Talvez dentro do processo de globalização e de constituição de blocos econômicos de poder, da internet, ou mesmo da internacionalização imediata da informação fez com que fosse estimulado o redirecionamento dos conceitos de limites e de fronteiras.
Então vemos nesta instantaneidade o conhecimento cientifico e também o estado nacional moderno passando por crises e transformações. O processo é tão rápido que a crise que abarcou o sistema imobiliário Norte americano chegou ao mundo em instantes...
Vamos tentar entender essa questão de identidade nacional e regional a partir do RS como espaço de fronteira no século XIX (parece distante não é? Mas meu avô nasceu no século que falo). Para a formação de um estado nacional moderno é preciso que seja consolidada a identidade nacional e esta acontece quando conflitam identidades regionais, sobressaindo uma, que torna-se heterogênica, sendo mentor de um "imaginário vencedor".
Então vemos nesta instantaneidade o conhecimento cientifico e também o estado nacional moderno passando por crises e transformações. O processo é tão rápido que a crise que abarcou o sistema imobiliário Norte americano chegou ao mundo em instantes...
Vamos tentar entender essa questão de identidade nacional e regional a partir do RS como espaço de fronteira no século XIX (parece distante não é? Mas meu avô nasceu no século que falo). Para a formação de um estado nacional moderno é preciso que seja consolidada a identidade nacional e esta acontece quando conflitam identidades regionais, sobressaindo uma, que torna-se heterogênica, sendo mentor de um "imaginário vencedor".

Até a primeira metade do século XIX o espaço compreendido como a Pampa caracterizou-0se pela unidade social cotidiana do homem à cavalo, da pecuária, movida por interesses econômicos e políticos, bem como as divergências existentes promovidas pelas coroas dos colonizadores.
As contingencias da época levaram o governo a aumentar os proprietários de terras, fortalecendo a defesa territorial, ocupando espaços,mas também estabelecendo relações caudilhistas, dos chefes locais que também lutavam por seus interesses. “Diferente das “capitanias hereditárias” que dividiram o Brasil, o RS era na base das “sesmarias". As relações sociais e políticas ocorreram em torno da estância de criação, das charqueadas... da vida rural.

Visto como um misto de homem rude americano mescla do índio, do negro, do português, do espanhol... um mestiço que inicialmente manifestou-se como um Rebelde social. Esse indivíduo passou a trocar suas habilidades por sustento nas estâncias. Recrutados para serem os soldados e trabalharem para os caudilhos, desenvolveram muitas características, entre elas, resistência física, habilidades com armas e cavalos, com os recursos naturais e de sobrevivência, uma coragem imensa em relação a vida que levavam. Edison Acri classificou esse elemento como changador, Gauderio e depois como gaúcho.
O mito da origem
Devemos entender que o imaginário social é a peça efetiva e eficaz do dispositivo de controle da vida coletiva e do exercício do poder. Sendo assim, toda a sociedade precisa imaginar e inventar a legitimidade que atribui ao poder. Lembre-se...o poder não tem que ser somente Poderoso..mas sim, Legítimo. O espaço Riograndense foi resultado das relações de poder existentes, marcado por lutas e revoluções.

Então nós podemos definir a identidade pertencente ao povo riograndense como de ideais de uma elite caudilhista de controle de fronteira no século XIX, com características da vida campeira mesclada por etnias e coma ideologia positivista da república velha riograndense no século XX. Elementos que fundamentaram o perfil político-cultural do Gaúcho. Por exemplo, devemos atentar que o poder local também era garantido pela manipulação do imaginário social, no qual a república castilhista e borgista, soube muito bem reformular.

A identidade regional do RS pode ter sido resultante também de um a produção intelectual comprometida com a unificação do que hoje nós conhecemos por cultura Riograndense. Dessa forma buscou-se no Gaúcho,elemento pertencente à cultura popular de um estado que sente-se em seu imaginário social, uma Nação.
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