O lenço gaúcho surge no Rio Grande do Sul como meio de distinção entre os federalistas e os republicanos. Gaspar Silveira Martins, político liberal, fundou o Partido Federalista adotando a Lenço Vermelho (Maragato).
Como um símbolo de luta, Júlio de Castilhos, político aliado do Governo Federal, defendia o Partido Republicano e tinha como símbolo o Lenço Verde (Pica-paus).
Mais tarde, o General Flores da Cunha, ao fundar o Partido Republicano Liberal, adotou o Lenço Branco (Chimango).
Foi a partir do poemeto “Antonio Chimango”, onde Ramiro Barcelos, com o codinome Amaro Juvenal, satirizava o governador da época, Antonio Augusto Borges de Medeiros, que os republicanos ficaram conhecidos como chimangos.
As cores mais tradicionais são a branca e a vermelha, que se popularizou a partir da Revolução Federalista (1893).
Hoje, o lenço de pescoço é peça integrante da indumentária gaúcha, e sua cor não mais reflete posição político-partidária.
O lenço gaúcho consiste em um tecido quadrangular, geralmente seda, de cor única, exceção ao xadrez miúdo (carijó) e nunca de tecido estampado. As cores mais usadas são as históricas - vermelho e branco, ressaltando que o lenço preto representa tradicionalmente o sentimento de luto. Diversas são as formas de atar o lenço sendo oito as mais tradicionais:
nó tradicional, comum ou getulista, por ter sido usado pelo Presidente Getúlio Vargas, foi adotado pelos chimangos, sendo, portanto, feito em lenços de cor branca,
nó ou tope farroupilha, muito usado de 1935 em diante pelos revolucionários farrapos,
nó apaixonados ou de corredor, usado em qualquer cor de lenço,
nó pachola, por representar a alegria, pode ser usado em qualquer cor de lenço, exceto a preta, que significa a tristeza do luto,
nó crucifixo, usado somente em festas religiosas, podendo ser atado em lenço de qualquer cor.
2 comentários:
Costumo fazer esse farroupilha, porém sem o tope dos lados. Fica como o quadrado mas na diagonal. Qual nó é esse?
Esse nó é conhecido como coração de potro
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