quinta-feira, 25 de agosto de 2011

50 anos da Legalidade

O dia de hoje, 25 de agosto, marca e relembra a manhã deste mesmo dia em 1961, quando o então governador, Leonel Brizola, cumpria sua agenda coisas mudavam rapidamente na história do Brasil.

25 de Agosto, Dia do Soldado, e Brizola se encontrava nas solenidades alusivas à data, na companhia de autoridades militares. À noite, seu compromisso seria uma palestra na sede regional do PTB. Ali mesmo, sob a chuva no Parque Farroupilha, ficou sabendo da renúncia de Jânio Quadros por intermédio de seu assessor de imprensa, Hamilton Chaves. Decidiu não comentar com os militares que o acompanhavam, mas, certamente, eles já sabiam.

Após os primeiros atos diante da situação, como a reunião com o Secretariado e o fechamento do Piratini, que passou a ter acesso somente a pessoal autorizado, Brizola declarou: "O governo do Rio Grande do Sul não poderia ter outra posição senão, decididamente, ao lado da legalidade constitucional. Os acontecimentos ainda não estão devidamente conhecidos. Vamos aguardar novas informações. O Estado se encontra em perfeita ordem. Todas as medidas relacionadas com a segurança pública foram tomadas. O governo do Estado não compactuará com qualquer golpe nas instituições e no cerceamento da liberdade pública".


A partir desse momento, a população já tomava à frente Piratini em busca de notícias e, claro, de apoio ao posicionamento do governador. Brizola também determinou a vinda, para a Capital, de todos os contingentes da Brigada Militar das cidades próximas. Os soldados tomaram posição, ocupando, inclusive, as torres da Catedral. Brizola ligou para alguns governadores em busca de apoio. Não obteve sucesso. Em Brasília, o deputado Rui Ramos, do PTB, é recebido pelo general Odylio Denys, que confirma que os militares não iriam admitir a posse do vice-presidente João Goulart e que o prenderiam assim que desembarcasse no país. Brizola é enfático: "Ninguém dará o golpe por telefone! O Rio Grande não aceita o golpe e a ele não se submeterá".


Começava a luta pela posse do vice-presidente João Goulart num Movimento que ficou conhecido como A Legalidade.

Fonte: Correio do Povo

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