sábado, 17 de novembro de 2012

Já começou o ENART da Amizade

Após solenidade de abertura, CTG Rancho da Saudade deu uma prévia do que será evento este ano

As 18h do dia 16 de novembro, teve início o maior festival de arte amadora da América Latina, que segue até domingo, 18. O Encontro de Arte e Tradição Gaúcha (Enart) se encontra em sua 27ª edição e transforma Santa Cruz do Sul na capital de todos os gaúchos.
Após um ano de preparação, os grupos reúnem-se aqui, no parque das tradições germânicas para estreitar laços de amizade e colocar a prova tudo que ensaiaram. Este ano, o evento tem como tema “Amizade, o dom divino da paz”, trecho da música do compositor Rui Biriva.
Segundo o coordenador do Enart, Jorge Rohr, os esforços não foram medidos. “Fizemos o possível para chegar até aqui. São 10 palcos que reúnem as 26 modalidades existentes no Enart”, declarou ele. “Temos a certeza de que todos serão bem vindos”, acrescentou o coordenador da 5ª RT, Luiz Clóvis Vieira.

Para a prefeita Kelly Moraes, é um orgulho estar junto do Enart há quatro anos. “Este evento só é um sucesso porque pessoas de todos os cantos do nosso estado estão aqui para competir e prestigiar. É um privilégio sediar o Enart e temos a certeza que a próxima gestão também fará”, afirmou na solenidade de abertura.

SOLENIDADE

Em clima de amizade, as bandeiras das 30 Regiões Tradicionalistas foram trazidas por prendas e peões, simbolizando a união entre os participantes, e entregue aos seus respectivos coordenadores, que a fixaram no palco da Força A, permanecendo lá até o encerramento no domingo.

A imagem de Nossa Senhora de Medianeira, padroeira dos gaúchos foi uma das primeiras a entrar no tablado montado no Ginásio Poliesportivo, seguido da Chama Crioula. Logo após, foi entregue a portaria 19/2012, que transfere a sede do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) para o município.
Durante três dias as diversas emoções são apresentadas pelos competidores, mostrando um verdadeiro espetáculo, sem esquecer os reais motivos que o evento se propõe: a preservação e o fortalecimento da cultura gaúcha, reunindo jovens de todas as idades e dos quatro cantos do estado.

EVOLUÇÃO DOS MOBRAL

Conforme o presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha (CBTG), tradição não se compra, ela se faz. “E aqui fazemos a tradição gaúcha”, comentou. “Só aqui é possível ver jovens passando adiante o que foi aprendido”, acrescentou Rodi Borghetti, presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF).

Rodi ainda ressaltou a evolução do Mobral para o Enart. “É impressionante ver a proporção que este evento tomou. Temos a certeza de que não para nesta edição”, acrescentou durante seu pronunciamento, satisfeito com tudo que tem visto nestes 27 anos de realização.

Para o presidente do MTG, Erival Bertolini, o Enart é fruto de um investimento que o movimento preserva.
“Aqui ressaltamos os valores, a cultura e ainda cumprimos uma função social”, afirmou. “Não podemos falar de Enart sem falar de Santa Cruz, pois foi aqui que surgiu, há 16 anos", acrescentou.
Bertolini colocou-se na condição de peão do Rio Grande do Sul a serviço do movimento. “Só temos que agradecer a todas as prendas e peões que fazem este evento tornar-se realidade. Tenham a certeza de que estarão ajudando a fazer o maior Enart de todos os tempos”, finalizou.

SHOW DE ABERTURA

O aquecimento de tudo que vai acontecer no Ginásio Poliesportivo foi realizado pelo Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Rancho da Saudade, campeão de danças tradicionais Força A em 2011. A entidade apresentou uma mescla de coreografias, desempenhadas pelas invernadas juvenil, adulta e xiru.
Logo após, foi realizada a gravação do Galpão Crioulo, da RBS TV, conduzido por Shana Muller e Neto Fagundes. “É uma honra trazer para o palco do Enart, este programa, na ocasião em que completa 30 anos no ar”, afirmou Matheus Carvalho, gerente executivo da RBS TV dos Vales.
O primeiro grupo a fazer sua apresentação foi o CTG Ronda Charrua, da cidade de Farroupilha, 25ª Região Tradicionalista. A entidade trouxe para o tablado o romance entre Capitão Rodrigo e Bibiana Terra, uma história de amor dos livros do Tempo e o Vento que resiste ao tempo.

Texto: Alyne Motta
mottynha@yahoo.com.br

Fotos: Ricardo Wendland

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