quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Honestidade, por Jarbas Lima

A pessoa honesta tem direito de buscar a felicidade. Merece fazê-lo. Persegui-la, sem que isto implique a necessidade de passar por cima da própria honestidade, como se esta fosse causa impeditiva de alcançá-la. Honestidade e felicidade ou coexistem ou não existem.

Desonestidade e felicidade são conceitos que se repelem, realidades que se excluem, caminhos que não se encontram. Pessoas honestas são padrões para boas pessoas. Desenvolvem talentos reconhecíveis facilmente. Ao contrário dos desonestos que se protegem na sombra, fogem da luz.

Os bons respiram a solidariedade, comovem-se com o sofrimento do próximo, não conhecem a solidão. Tem ligações sólidas. Honestidade é bondade, é certeza. Honestidade é desenvolvimento de virtudes. A aura da pessoa honesta é o caráter. É confiável. Quer que a vida seja boa para todos. A honestidade é o objetivo do justo. É o norte da felicidade.
A bondade é a identidade dos honestos. O honesto sabe e aceita que toda a rosa tem espinhos. Respeita a lei, orgulha-se dos bons costumes. Os honestos compreendem que a vida não é obra apenas do prazer, mas do trabalho, do sofrimento, da resignação e da esperança. Pessoas honestas sonham com um mundo feliz. E para todos. As pessoas honestas adotam o discurso do valor, da justiça, da cidadania. O honesto responde à convocação do dever. Tem atitude. É movido pela razão prática. Aceita sua realidade social. Luta sem ódios por seus sonhos e esperanças.

O honesto é probo. Operário ou presidente. O honesto não precisa jurar. Sua vida é o compromisso. Tem caráter. O honesto mede seus direitos pelos seus deveres. É correto sem precisar de elogios. Sua felicidade é ser justo. O honesto não teme a suspeita de ser considerado imbecil. Para ele, sem honestidade nada mais teria sentido. Não tem vergonha de ser honesto.

A sociedade é um organismo vivo. Tem vontade própria. O indivíduo é parte do todo. Quando desonesto contamina a sociedade. O voto concretiza a cidadania, exerce a democracia, diz a vontade geral. Como a democracia direta é impossível, impõe-se a representação. Votar é escolher um igual. Com os mesmos valores. Com os mesmos princípios. Votar é sentir orgulho do representante. É ter satisfação em identificá-lo. É propalar suas ações. Por isso, honesto vota em honesto. Estas são reflexões necessárias em ano eleitoral.

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