sexta-feira, 5 de março de 2021

A Cultura Popular na Escola (III) - Por Neusa Secchi


      O folclore, presente em todas as classes sociais por suas raízes e tradições é vivenciado no cotidiano através da linguagem, ditos, gestos, artesanatos, provérbios e superstições. 

     São tantas as ferramentas usada para o desenvolvimento de um processo de identidade regional e nacional que precisam ser estudadas pelo professor com vistas à seleção do que utilizar e como aproveitar em sala de aula.

    Cada criança é portadora do folclore de sua família é uma imitadora. Imita a quem desperta admiração e interesse e o professor deve criar um vínculo para fortalecer e interagir na relação Aluno-Comunidade. Professor que não aproveita a bagagem, a vivência, e as necessidades de seus alunos incorre num ensino dissociado da vida real.

     O folclore, entendido como cultura popular tradicional, é dinâmico e evolui com as mudanças da sociedade. Folclore é cultura-viva. As manifestações folclóricas são criações do povo, embora algumas criações não sejam espontâneas, pois foram recriadas e incorporadas às nossas tradições. 

     Seja qual for o critério adotado pelo professor, no sentido do conhecimento do fato folclórico como novidade, acervo ou até mesmo no aproveitamento de folclore, torna-se necessário selecionar o material, cuja técnica se fará descritivamente, recorrendo a projeções, gravações ou outros recursos. 

    Esses métodos utilizados pela escola, na verdade não são folclóricos, pois estão fora de seu ambiente de origem e com outros participantes, apresentando uma mudança de forma, sem serem descaracterizados, mas modificados, e devemos chamá-los de “processos de aproveitamento”.


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