terça-feira, 30 de abril de 2013

Pólos irradiadores das danças


               Alguns centros de influência mundial ditaram moda na arquitetura, literatura, vestimentas, entre outros, e não seria diferente na dança. Estes polos urbanos destacaram-se por possuírem cultura mais avançada do ponto de vista sócio-econômico e intelectual.
               Em determinado momento da história, os polos de irradiação das danças foram: Espanha, Portugal, França e Áustria. Isto não dizer que eles foram os únicos criadores, mas sim, os principais divulgadores das danças para o mundo através de sua influência cultural.
              O sociólogo francês Gabriel Tarde nos diz na sua obra "Lei da imitação": "Sempre se verá a nobreza em tudo o que dela dependa imitar aos Reis, seus senhores, e à plebe, no que lhe seja possível, imitar a nobreza".
               Uma dança com novas características, para ser aceita pela totalidade das classes sociais, precisa antes ser praticada, de maneira duradoura e persistente, pelos grupos sociais superiores, isto é, àqueles de maior eficiência e prestígio sócio-cultural.
              Os grupos sociais mais modestos irão, gradativamente, assimilando as novas danças já prestigiadas pela elite. Entretanto, há sempre um período de paralelismo, quando as danças novas encontram-se com o que já havia antes, formando posteriormente, uma dança híbrida, ou seja, uma nova dança com características do antigo e do novo, até que a influência das altas classes desaloje do híbrido a parte mais antiga.
              Pelo fato de uma dança levar muitas décadas ou até mesmo um século desde o surgimento, no centro de irradiação, até chegar aos mais longínquos redutos, muitas vezes já havia desaparecido no foco original.

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