quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Surge o tradicionalismo: defensor das tradições

Segundo Barbosa Lessa, podemos dividir em fases, ou ciclos, o chamado telurismo pelo Rio Grande do Sul. Em um primeiro momento, o chamado gauchismo cívico, ainda no século XIX, quando foram criadas entidades que usavam em sua denominação a palavra “gaúcho”, como o Grêmio Gaúcho, de Porto Alegre, liderado pelo Major João Cezimbra Jaques. Era um período em que a denominação: “gaúcho”, não era visto com bons olhos, era uma palavra pejorativa, ainda.



Mais tarde, década de 20 sec. XX, surge o período do chamado “regionalismo literário” que tinha à frente Augusto Meyer, Vargas Neto, João Simões Lopes Neto e tantos outros. Refletindo o pensamento regionalista, com forte influência da semana da arte moderna, que aconteceu em São Paulo em 1922, onde houve um revigoramento sobre o mito do gaúcho com o herói, em contraponto à idéia pejorativa existente. Havia um clamor para a criação de uma identidade regional para a construção da identidade brasileira.


Na década de 50 do século XX, surge um ciclo, ou uma fase, chamado tradicionalismo, talvez o mais forte e duradouro de todos, criado por jovens interioranos, estudantes do colégio Júlio de Castilhos, na capital, e que veio a criar os centros de tradições gaúchas pelo Rio Grande do Sul.
Da esquerda para a direita: Edson Otto, Rodi Borghetti, Guilherme Socias  Vilella (Prefeito de Porto Alegre). Glaucus Saraiva, Nico Fagundes.
Os chamados CTGs eram entidades associativas, como clubes, que tinham o objetivo de fazer a manutenção das tradições gaúchas através de simbologias baseadas na vida do homem do campo fortemente combatida pelos modismos que chegavam dos Estados Unidos, principalmente.

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