sexta-feira, 26 de abril de 2019

Viagem ao Rio Grande do Sul, de Auguste Saint Hilaire - Parte XXXVIII

Texto do resumo: Jeandro Garcia
Maio de 1821 

Animais de caça - Firmino o botocudo

           Saint Hilaire relata que havia outrora muitas avestruzes e veados nas Missões, mas foram quase inteiramente exterminados pelos índios que os caçam para comer a carne.

         Neste momento faz um longo relato sobre seu empregado Firmiano, um botocudo trazido quase como um irmão, onde apesar de nem saber ao menos contar, sempre lhe mostrou muita obediência e boa vontade. 

          Mas com o passar dos dias este começou a incorporar os maus hábitos aprendidos ou convividos, seja com habitantes locais, outros empregados ou soldados que os acompanham. Por duas vezes teve que lhe bater, para que fosse contido, certamente não reagia pois sabia que todos eram pagos para proteger Saint Hilaire, e também por saber que em sua tribo os pais vendem os filhos aos portugueses por algumas patacas.

          Firmino se tornou incapaz de qualquer afeição ou reconhecimento, por diversas vezes pensa em dispensa-lo, mas como fazer isso com alguém que retirou de sua aldeia? Como este pobre homem irá sobreviver em uma terra em meio a conflitos recentes. Há pouco mais de um ano pretendia levá-lo consigo a França e agora não vê a hora de poder dispensa-lo.

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