terça-feira, 21 de setembro de 2010

Proseando com tenencia - Os medos

Seja Prudente... Não se jogue contra o público. Ao tratar de algum assunto polêmico em sua palestra, você terá algumas pessoas à favor e outras contra a mensagem transmitida. Não se jogue “de peito aberto” à discussão. Não dê sua opinião antes, vá “comendo pelas bordas” , ou seja, ouça as opiniões antes, com certeza existirão pontos comuns. Aprenda a identifica-los e crie espaços de neutralidade na discussão, para que você transite com segurança. A regra é bastante simples: Você inicia a apresentação apontando os pontos de convergência, onde as pessoas irão se identificar, pelo fato de serem comuns a todos, acabarão concordando com o ponto de vista do orador. De maneira que, depois de algum tempo, elas começarão a imaginar que, pelo fato de possuírem a mesma identidade, a forma de pensar é a mesma. Como conseqüência, vão se desarmar das resistências, sairão da posição defensiva e passarão a acompanhar seu raciocínio com interesse.

Não use palavras vulgares. Existe um inimigo eficiente para acabar com a imagem de uma pessoa e comprometer sua credibilidade: é o uso de palavras vulgares. Algumas pessoas imaginam, errônea ou ingenuamente, que, usando palavrões e gírias, estarão projetando uma imagem descontraída e natural. Ao contrário, quem se expressa com esse tipo de vocabulário, com o tempo tem sua imagem desgastada, deteriorada e, como conseqüência, corre o risco de enfraquecer e prejudicar sua credibilidade. No meio tradicionalista isso é muito intenso.

O Medo em alguns momentos pode gerar o que chamamos de “Branco”. “-Deu branco” – dizem – na verdade, o sistema nervoso gerou uma pequena pausa, pela qual o orador não esperava, e de repente vê-se perdido frente ao público sem a informação que deveria passar naquele momento. O importante neste momento é não ficar desesperado, pois este é um veneno para a apresentação, pois se o orador for dominado por ele, pior será a busca do caminho para a saída da situação. Ao perceber que “deu branco”, tem que se tentar apenas uma vez lembrar a informação. Se não conseguir resgata-la na primeira tentativa, repita uma frase anterior como se quisesse dar ênfase àquela parte da mensagem, pois é bem provável que, ao chegar ao ponto em que deu o branco, a informação surja naturalmente.

Vale a pena lembrar: “ovelha não é pra mato”. Esta frase diz tudo! Durante os festejos farroupilhas vimos em muitos lugares pessoas “tentando” transmitir uma mensagem ao microfone. Nem sempre o melhor radialista é o melhor mestre de cerimônia, ou o declamador/poeta fazendo narrações. Para cada atividade existe alguém especializado. Determinados momentos precisa emoção, parcimônia ou voz super impostada.

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