terça-feira, 24 de novembro de 2020

Coronavirus | Um ano para não esquecer, mas para aprender com ele.

     O vírus que causa a COVID-19 é transmitido principalmente por meio de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou exala. Essas gotículas são muito pesadas para permanecerem no ar e são rapidamente depositadas em pisos ou superfícies. Você pode ser infectado ao inalar o vírus se estiver próximo de alguém que tenha COVID-19 ou ao tocar em uma superfície contaminada e, em seguida, passar as mãos nos olhos, no nariz ou na boca.

     O Rio Grande do Sul ultrapassa a marca de 248 mil casos com quase seis mil mortes.

Osmar Terra, o negacionista 

    Osmar Terra está internado na UTI do Hospital São Lucas, da PUC/RS. Deputado federal testou positivo para covid-19 há mais de uma semana. No momento, ele respira com ajuda de uma máscara e registra comprometimento pulmonar. Ele negou e, mesmo no pior momento, mantém a ideia negacionista. 


       Notícias sobre o aumento de casos de morte por COVID-9 em Santo Antônio da Patrulha:

O QUE AS PESSOAS FAZEM: Dizem que é mentira, criticam os políticos, criam teorias conspiratórias, criticam a imprensa...

O QUE AS PESSOAS NÃO FAZEM: Usar máscaras corretamente, higienizar as mãos, evitar aglomerações e manter o distanciamento.

por Berbacha Soares


     O ano de 2020 foi de aprendizado. Começamos mal. Uma eleição para a federação tradicionalista do Rio Grande do Sul que terminou empatada e foi decidida no "tapetão". Não vale a pena aqui, tratar esse assunto, pois é página virada e o que está feito, está feito. Pessoas que morriam abraçadas, se apartaram, brigaram, um para cada lado, e a busca pelo poder continua. Cansei de ver pessoas falando que não se pode 'perpetuar no poder', mas ficam de patrão ou de coordenador por 5 e até 10 gestões. Mas, tudo bem.

   Os costumes foram mudando. O sofá passou a ser parceiro para um entretenimento à base de Netflix, Amazon, IFood (e ainda está vindo aí Disney+, HBO Max...)... Mordomia. As pessoas passaram a achar melhor trazer lanche por aplicativo do que ter que sair de casa. O CTG começa a encontrar grandes e fortes concorrentes. 

    É importante perceber a necessidade de organização no CTG, no que tange sua documentação, principalmente, e manter uma atuação mais coletiva com os associados. Uma coisa que foi avisado antes, e visto agora, na prática, que as entidades não conseguiriam chegar aos recursos oferecidos pela Lei Aldir Blanc devido atraso nos documentos mais básicos. Estava escrito nas estrelas.

    A pandemia, a exemplo de outras situações que aceleram processos históricos,  antecipou mudanças que já estavam em curso, como: o trabalho remoto (Home Office), a educação à distância (os EADs), a busca por sustentabilidade, e a cobrança por parte da sociedade para que as empresas sejam mais responsáveis do ponto de vista social. Parece ser a oportunidade de exercitar a empatia com os familiares e com a comunidade, auxiliando os mais idosos, interagindo com os vizinhos, incentivando o consumo do entorno social e desenvolvendo ações solidárias.

   Como será a reabertura dos Centros de Tradições Gaúchas? Sim, alguns já reabriram, mas como ensaiam para danças e os rodeios não estão acontecendo, ficaram sem o objetivo final. Estão aplicando os protocolos sanitários? Sim, estão. Mas, até quando a estrutura aguenta? Os investimentos para indumentária, coreografias, etc. Como serão? Haverá mudanças nos investimentos para os grandes festivais?

   Oferecer uma boa refeição, competindo com os aplicativos de entrega deverá ser um novo desafio para os CTGs. Lembrando que a água mineral sem gás não deverá custar mais os 500% do seu custo, a menos que seja entregue pelo motoboy, dentro do Rodeio.

CTGs como centros comunitários de dia.

     Talvez já esteja atrasada a iniciativa, mas, seria de bom tom a entidade entrar na comunidade, abrir suas portas para receber o povo (sem cobrança de ingresso, é claro) lá dentro e ensinar nossos usos e costumes, que até março estavam fechados para os concursos. Quem sabe...

Aldeia e Rancho da Saudade, o exemplo

     Quem não se emocionou com a Live, em conjunto, dos CTGs Rancho da Saudade, de Cachoeirinha, e Aldeia dos Anjos, de Gravataí, concorrentes históricos quando se fala em danças tradicionais e ENART. O drive in Nossa Trajetória foi um grande sucesso. Uma ideia que nasceu nos bastidores e foi pegando corpo e tendo aceitação.

     "Uma noite mágica que tocou não apenas os nossos corações, mas os corações de mais de 5.000 espectadores que acompanharam este encontro de gigantes, ao vivo, dos seus carros ou através da internet, no conforto dos seus lares. Nesta noite incrível a disputa ficou de lado e o verdadeiro sentido das palavras RESPEITO, EMPATIA E AMIZADE falou mais alto" - registrou o CTG Aldeia dos Anjos em seu facebook Oficial. 

     A estrutura foi fantástica. A transmissão de excelente qualidade, tanto imagem quanto o som. Os musicais dispensam descrição e elogios, pois são formados de profissionais de altíssima qualidade que emocionaram do inicio ao fim. "Menino Potro" foi a cereja do bolo.

   Teremos mais eventos como este? E quando os grupos se encontrarem, as pessoas, dançarinos, associados e simpatizantes, terão a mesma cordialidade? Novos planos surgirão do encontro? Não só esperamos que sim, mas contamos que outros seguirão o exemplo e a competição passará para o segundo plano. Quem sabe, né?!

Grupo que deu um show de parceira, respeito, amizade e união. Parabéns.       Foto: Deivis Bueno

Tecnologia, política e tradição


     Barbosa Lessa, em seu livro "nativismo, um fenômeno social gaúcho", lembrava que: "Como o nativismo, dos anos 70, sou capaz de jurar que lá pelo ano 2010 surgirá uma espécie de telurismo antinuclear ou cibernético, resultante da inquietação de analistas de sistemas em conluio com artistas plásticos, incluindo cartunistas e comunicadores visuais. É claro que, de acordo com cada época, modifica-se a dinâmica e o campo de ação. Mas, no fundo, é tudo a mesma coisa: expressão de amor à gleba e respeito ao homem rural". Desta forma, ele já previa o uso das tecnologia "futuristicas" no novo milênio.

     Em 2009, começamos a transmitir o ENART e, em 2020, já temos nossa própria emissora de rádio e televisão em casa, pois todos fazem LIVES (serviços de streamings). Daqui pra frente é saber dosar.

     Na politica sempre estivemos presentes e representados. Claro que, muitas das vezes, mal representados. Mas, em algumas oportunidades, muito bem. Assim foi o caso de Osmar Severo ou Joaquim Moncks, na Assembleia legislativa ou Jarbas Lima, Pompeu de Mattos, na Câmara Federal. Poderíamos citar outros. Paulo Ferreira, por exemplo, que dedicou emenda parlamentar, para que em 2015, chegasse R$1.000.000,00 para a semana farroupilha do RS. A política está presente diariamente em nossas vidas e, nos afastar dela, nos torna alheios aos problemas e suas soluções. Atualmente, os políticos viram o quanto o tradicionalismo tem feito pelo RS e pelo Brasil, e começaram a dedicar verbas para tal. Com a parada dos rodeios e dos festivais, a indústria cultural abriu um rombo nas finanças estaduais (visto pelo Deputado Luiz Marenco em seu trabalho voltado ao levantamento da cadeia produtiva da música e da cultura gaúcha).    


 Não costumamos eleger tradicionalistas, mesmo conhecendo o passado e confiando para ser liderança. Mas não os colocamos nas Câmaras Municipais por pensar: "Ele quer ficar rico e não trabalhar!" - Ledo engano.

Este ano, alguns tradicionalistas foram eleitos (efeito pandemia?)

Nilton Debastiani - Prefeito de Sarandi  (Patrão de CTG)

Marisol Santos - Vereadora em Caxias (ex-prenda do RS)

Marcus Vigolo - Vereador em Tapes (Cantor Regionalista)

Alexandra Ribeiro Bini - Vereadora em Candelária (Patroa do CTG)

Doeli Valente - Vereador em Cacequi (Trovador)

Graciano Pereira  - Vereador em Guaíba (tradicionalista)

Valdir Oliveira - Vereador em Santa Maria (Trovador e Radialista)

Miguel Vieira - Vereador em Sobradinho (Patrão de CTG)

Angelo Guaresi - Vereador Constantina (Peão Farroupilha)

MTG 2021

     Três Chapas (até o momento desta postagem) estão em busca dos votos dos CTGs do Rio Grande do Sul para gerir o Movimento no ano de 2021. Pessoas dizem que não estão preparadas para assumir de patrão (patroa) do CTG, coordenador (a) Regional ou mesmo a Presidência do Conselho Diretor do MTG, outras pode-se ver a quilômetro de distancia que não estão mesmo. Analisando o passado dos candidatos, suas histórias, comportamentos, entre outros fatores, em quem tu votarias? Pense bem... Ou deixe para ser decidido por outros, ou mesmo, outras instâncias.

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