sexta-feira, 21 de junho de 2019

Festa, ou folia do divino - A festa de pentecostes no folclore

FESTAS E FOLIAS DO DIVINO
Foto da capa: jornal O Imparcial   |   Fonte: Paixão Côrtes Folk, Festo e Tradições Gaúchas (Publicação do IGTF)
     A devoção do Divino Espírito Santo, que chegou ao Brasil junto com os portugueses, foi iniciada pela Rainha Isabel, em Portugal, que, em cumprimento a uma promessa sua, deu grandes pompas festivas ao referido culto, por volta de 1330. Hoje a devoção ao Divino está significativamente incorporada às tradições brasileiras, sendo comemorada no Domingo de Pentecostes, ou seja, cinquenta dias depois da Páscoa.

      A Festa do Divino se inicia com uma série de atos religiosos nas Igrejas e Capelas, estendendo-se a folguedos populares, não faltando a "Fincação do Mastro" e suas personagens, peditórios, leilões de donativos, novenas, procissão, etc.

     O nome Folia, acredita-se, teria sido primitivamente um motivo coreográfico muito remoto que acabou se incorporando aos festejos religiosos.

     Daí, ser conhecida a Bandeira do Divino também por Folia do Divino. Representa um grupo de homens que, fazendo ou não, parte de uma irmandade religiosa, sai de porta em porta, nos meios citadinos; de rancho em rancho ou de estância em estância, nas zonas rurais, levando à frente uma bandeira e que através de louvações, solicitam contribuições para os festejos do cia votivo. Essa bandeira, geralmente vermelha, tem ao centro uma pombinha, de asas abertas, bordada ou aplicada, significando o Divino Espirite Santo. Na extremidade superior da haste, onde está seguro o estandarte, vê-se outra pombinha, geralmente de prata ou metal.

    Os membros de uma Folia são denominados: mestre, ajudante-de-mestre, contramestre, ajudante-de-contramestre, além do procurador e o tamboreiro, este imprescindível.

     Ao som de gaita, violão, rabeca e, às vezes, triângulo, cantam eles quadrinhas mais ou menos decoradas. Às vezes, no entanto, o mestre se vê na obrigação de improvisar.

     Em uma Folia se distinguem seis momentos principais: chegada à frente da casa; entrada na residência; louvação; peditório; agradecimento e despedida.
Atualmente, no Rio Grande do Sul, somente em Criúva, zona rural de campo do interior do Município de Caxias do Sul. este folguedo está vivo, na voz e ritual dos "foliões".

     O principal símbolo da folia do divino é uma pomba branca, que representa o Divino Espírito Santo. Em algumas cidades, o ponto alto da festa é a coroação do imperador, quando são usadas roupas luxuosas, feitas de veludo e cetim. Dependendo da região, os folguedos mais comuns da festa são as cavalhadas, os moçambiques e as congadas.

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