quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Grandes personagens da história - Apolinário Porto Alegre

          Apolinário Porto Alegre nasceu na cidade de Rio Grande, RS, em 29/8/1844, filho de Antônio José Gomes e de Delfina Joaquina da Costa Campello. Seu pai, tendo um homônimo em Rio Grande, acrescentou Porto Alegre ao nome a fim de evitar maiores confusões.
          Em plena da guerra do Paraguai (1865-70) Porto Alegre fervilhava culturalmente, as bandas militares tocavam na retreta da Praça da Alfândega. No teatro São Pedro, inaugurado em 1858, iam à cena dramas franceses, números de mágicas. Editava-se o jornal literário Atualidade com colaborações de Apolinário.
          Juntamente com um grupo de republicanos e liberais funda, no dia 18 de junho do ano de 1868, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Pártenon Literário, de caráter romântico e regionalista. A Sociedade começou a publicar, em 1869, um periódico intitulado "Revista Mensal". Foi neste periódico que Apolinário Porto-Alegre começou a publicar seus primeiros trabalhos, como romances, contos, críticas, poesias, peças de teatro, etc. A Sociedade durou até o ano de 1880.Contava como sócio José Antônio do Vale Caldre e Fião (1821-76), Hilário Ribeiro (1847-86), Luciana de Abreu (1848-80), Afonso Marques (1847-72), Aquiles Porto Alegre (1848-1926), Francisco Antunes Ferreira da Luz (1851-94), Damasceno Vieira (1850-1910), Amália dos Passos Figueiroa (1845-78), João Lobo Barreto (1853-75), Aurélio Veríssimo de Bittencourt (1849-1919), Teodoro de Miranda (1852-1879), Apeles Porto Alegre (1850-1917), Bernardo Taveira Júnior (1795-1872), José de Sá Brito (1844-90), Menezes Paredes (1843-81), Francisco de Sá Brito (1808-75) e Carlos Von Koseritz (1834-90), entre outros.
          Em 1870 terminou a Guerra do Paraguai, a cidade de Porto Alegre crescia pela Cidade Baixa e em torno da Capela do Menino Deus. Viajava-se de barco, desde o trapiche no Centro até o que ficava no Menino Deus, na atual Avenida José de Alencar. Ou em então de carro de tração animal pela estrada da Várzea, seguindo depois pela Avenida Princesa Isabel (Getúlio Vargas). No ano de 1889, após a proclamação da república no Brasil, Apolinário Porto-Alegre se alia à Silveira Martins que lutava contra o governo do marechal Deodoro da Fonseca.
          Após o contragolpe vitorioso de Júlio de Castilhos em junho de 1892, Apolinário foi preso no mês seguinte, junto com outros opositores, e libertado alguns dias depois. No jornal “A Reforma” iniciou forte campanha contra o governo. No entanto, teve que se refugiar em Santa Catarina e em Montevidéu, devido as perseguições impostas pela Revolução Federalista, de 1893. Retornou ao Rio Grande com a pacificação, em 1895, onde continuou a trabalhar como jornalista.

          Enfrentando problemas financeiros extremos, faleceu no ano de 1904, na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, vítima de tuberculose.

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