sábado, 21 de agosto de 2021

Entrevista com Maria Alice - The Voice Kids 2017

     

 Recentemente, em nossas viagens pelo interior do estado estivemos em Santana do Livramento e lá conhecemos a jovem Maria Alice Rosa da Silva, 16 anos, natural daquela cidade e estudante do IFSul - 2º ano de informática para internet integrado. Uma menina encantadora. Participou do The Voice Kids, no ano de 2017, e hoje continua cantando e encantando com sua voz, ao lado de seus pais, grandes incentivadores.

     Vamos conhecer um pouco mais dessa menina em um bate-papo descontraído com a gente.

BLOG - Quando tu descobriu tua paixão pela música?

Aos quatro anos de idade, de uma forma muito natural. Não foi nada forçado, sem compromisso mesmo.

Para me acalmar, meu pai colocava músicas de Luiz Cardoso, Bach, Mozart e Beethoven que eram meus companheiros na hora do sono. 

      Desde bebê, eu acompanhava meus pais nas missas da Igreja Matriz de Santana, onde eles tocavam, e foi mais por influência deles que a música despertou em mim. Eles estavam ensaiando a canção "Vivo por ella", do Andrea Bocelli, e nesse momento eu "interrompi" o ensaio e comecei a cantar junto, foi aí que meus pais começaram a me incentivar e me ajudaram a trilhar meu caminho pela música.

 BLOG - Começou a cantar no CTG? Em quais Festivais participastes?

Comecei a cantar no Fogão Negrinho do Pastoreio, onde me apresentei pela primeira vez em um palco, cantando o tango “Garganta com arena”, de Cacho Castaña. Um ano depois eu participei da 9ª edição do Pastoreio da Canção e depois segui minha caminhada pelos demais festivais do nosso estado.

Alguns deles:

Coxilha Piá Nativista de Cruz Alta.
Tertulhinha Nativista de Santa Maria.
Vertente da Canção Nativista estudantil de Santana do Livramento.
Gaudereada Mirim de Rosário do Sul.
Searinha de Carazinho.
Carijinho da Canção de Palmeira das Missões.
Canto Piá Missioneiro de Santo Ângelo.
1º Cambona da Canção Nativa de Porto Alegre.
5º Canto da Juventude de Cacequi.
Festival Ovinoart de Santana do Livramento.
Penquita de Santana do Livramento.
Califórnia Petiça de Uruguaiana.
Pastoreio da Canção de Santana do Livramento.
Taurart de Santana do Livramento.
Festival da Semana Crioula de Bagé.
 BLOG - Que ano participou e qual foi a sensação de entrar para o The Voice Kids?

Participei no ano de 2017. Foi maravilhoso estar lá e conhecer todo o Projac, entender como funcionava o programa e sem dúvidas a melhor parte sempre será os bastidores. Toda a interação e contato que tive com os demais participantes foi extremamente importante para mim, pois tive a oportunidade de escutar diferentes timbres de vozes, estilos e técnicas, o que agrega muito no “subconsciente” do nosso ouvido. Pois assim, consigo misturar diversos nuances na minha voz para chegar num resultado que fique com a minha personalidade. 

O The Voice Kids foi de extrema importância na minha carreira e sempre serei imensamente grata à toda a visibilidade e ensinamentos que adquiri através da participação nesse reality.

 BLOG - Tu teve apoio da tua família nesse meio artístico?

Todo o envolvimento com a música sempre foi algo muito em família para mim, pois meu pai é professor de violão e minha mãe também canta, e ambos me acompanham no palco sempre que possível. O objetivo inicial da minha caminhada na música era estar perto dos meus pais, e na medida que eu fui crescendo nesse meio eles nunca saíram do meu lado, sempre na estrada comigo, viajando pra lá e pra cá, criando memórias e excelentes momentos em família.

Assim que a música, para mim, é sinônimo de família. De todo contato e interação que eu tenho com meus pais, e sim, eles são os maiores apoiadores da minha carreira.

 BLOG - Teve alguma mudança em tua vida após o programa?

Definitivamente sim, o The Voice Kids alavancou minha carreira e me trouxe muita visibilidade. Ao regressar do reality muitas portas abriram-se para mim, foram shows, eventos e campanhas publicitárias. Tudo somou muito na minha carreira.

 BLOG - O CTG foi (ou é) importante para a criança ter aprendizados e para descobrir talentos?

Sem dúvidas, crescer dentro de um CTG e cultuar suas tradições faz toda a diferença para os jovens. Não somente para aprender sobre sua cultura, e sim para passar valores, legados, ensinamentos e ter respeito com suas origens. “Só cuida pra aonde vai, quem respeita de onde vem”. 

     Estar em contato com a arte é saudável, é necessário. A arte sacia a sede da alma. Ensina disciplina e comprometimento para as crianças desde cedo.

BLOG - O que tu diria pras pessoas que também sonham em seguir essa carreira?

Diria para se firmarem em um só gênero musical, sempre buscando ser feliz. Mas seguir somente um estilo não significa se isolar de todos os outros, é necessário sair da nossa zona de conforto e escutar todos os tipos de músicas, diversos artistas, nacionais e internacionais, até mesmo os que não gostamos. Pois cada cantor tem sua personalidade e timbres únicos, e ao escutar essa mistura, inconscientemente a aplicamos no nosso estilo de cantar, assim conseguimos adquirir e dominar diversos recursos. 

     Acredito que o recado é sair do que é comum e básico, buscar ser diferenciado e ter uma personalidade própria, algo característico da sua maneira de cantar. 

     Uma vez eu li em algum lugar que quem quer ser escritor deve ler, ler muito e ler de tudo, de diversos autores. Assim pode se aplicar na música também, quer tocar algum instrumento? Cantar? Escute música. E muito.

PING PONG – Defina essas frases em uma palavra

Um (a) cantor (a) Gaúcho que tu curte: Anahy Guedes

Um (a) cantor (a) nacional ou internacional: Simon&Garfunkel

Um sonho: Conhecer e cantar por toda a América Latina

Comida: Ala minuta

Uma música que não pode faltar em tua playlist: "Gracias a la vida"

Uma palavra que defina família: Perpétua

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