sexta-feira, 26 de julho de 2019

Viagem ao Rio Grande do Sul, de Auguste Saint Hilaire - Parte LI (51)

Resumo 51 - por Jeandro Garcia
Junho de 1821 - Auguste de Saint-Hilaire

Brasil - Poderes - Corpos Militares

     O Brasil é um imenso país de contrastes, o próprio clima cria estas diferenças entre as províncias. Ao contrário dos reis na Europa, que se preocupam para que estes povos não se unam contra o governo central, por aqui o rei procura manter manter ligações entre entre eles, pois teme por separações parciais.

      Os ministros do rei são encarregados de fomentar este sentimento público, imaginando ser um sistema centralizado de poder. Mas estes ministros se quer são educados para sentimentos tão categorizados.

      Já era impossível julgar como colônia um país onde o soberano tinha sua residência. Está com seus portos abertos a todas as nações. Mas ainda continua uma administração como se fosse colônia. Cada capitania tornou-se território governado por capitães-generais, onde governam a seu bel-prazer, com poder absoluto onde poderia reunir a sua volta todos os poderes.

     A cobrança desigual de impostos continua, os mineiros apesar de empobrecidos continuam a pagar impostos dobrados sobre as mercadorias, já que haviam sido pagos na chegada ao Porto. Ainda não há armada brasileira, cada província mantém suas tropas particulares, que não respondem a nenhum centro comum e nem formam unidade de comando.

      Este sistema militar pode trazer sérias consequências a esta capitania. Como os corpos são feitos por homens locais, que necessitam de enormes verbas, construiu-se aqui um espécie de aristocracia familiar, embaraçosa para o capitão-general e perigosa para a tranquilidade dos cidadãos.

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