quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A Chama Crioula - Parte II

O Grupo dos Oito

O piquete que transladou os restos mortais de Davi Canabarro ficou conhecido como o “Grupo dos Oito”, ou “Piquete da Tradição”. Era formado por Antonio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, Cilso Araújo Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e João Carlos Paixão Cortes, seu líder.

A Chama Crioula – acesa pela primeira vez no dia 07/09/1947

A “Chama Crioula” representa, para o gaúcho e o tradicionalista, a história, a tradição, a alma da sociedade gaúcha, construída ao longo de pouco mais de três séculos. Em torno dela construímos um ambiente de reverência ao passado, de culto aos feitos e fatos que nos orgulham, de reflexão sobre a sociedade que somos e a que queremos ser.

Como um símbolo que une nosso estado, ela estará presente em todos os galpões, todos os acampamentos, todas as manifestações de amor à tradição, ardendo no candeeiro, sempre carregada de a cavalo por homens e mulheres que sabem o que fazem e o que querem.

O acendimento oficial da Chama do Estado

Nas comemorações do sesquicentenário da Revolução Farroupilha, um olhar diferenciado surge sobre a epopeia, novos escritos, acontecimentos e um novo reconhecimento. No inicio, os festejos duravam em torno de 13 dias (de 7 à 20/09), depois, por lei, ficou em 7. Atualmente, em Porto Alegre, o Parque da Harmonia recebe seus acampados desde o final do mês de agosto, mas é a partir do dia 7 de setembro, com o ato histórico de Paixão Cortes e o piquete da tradição, que abrem oficialmente as comemorações na capital. As atividades oficiais, pela lei, e no interior do estado, continuam acontecendo à partir do dia 14.

Muitos lugares já têm em seu imaginário que as comemorações estão acontecendo desde o momento em que é acesa a chama oficial do estrado em um sítio histórico pelo Rio Grande do Sul. Esse evento acontece sempre no final de semana mais próximo do dia 24 de agosto, data que marca o suicídio do presidente Getulio Vargas. Em 1999 o acendimento da Chama Crioula foi realizado em Pelotas, em uma homenagem ao centenário da União Gaúcha Simões Lopes Neto. Em 2000 o acendimento ocorreu em Alegrete, na “Capela Queimada”. Os dois eventos foram prestigiados pela direção do MTG, mas tiveram muita pouca participação das coordenadorias regionais. Foram eventos locais, sem grandes repercussões na mídia.

O acendimento da chama crioula se transformou em um grande evento à partir de 2001, em Guaíba, em frente a casa de Gomes Jardim, com participação das 30 RTs. Neste ano de 2014, a cidade escolhida, no congresso tradicionalista, para receber o Rio Grande e gerar a chama, foi Cruz Alta – “Terra de Erico Veríssimo”.

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