segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O fim de um ciclo


A galerinha se diverte. Pra eles tudo é festa...
 Tudo na vida tem seu ciclo. No Festirim não é diferente. Na preleção com a gurizada das invernadas, apesar de não ter mais nenhum tipo de responsabilidade com o grupo, além de levar meu filho pra ensaiar, fui chamado pela Elisa e pelo Diogo pra falar com eles. Nem cheguei a pronunciar o título da conversa e me calei, a voz não saiu, e me pus a chorar. Quanto mais tentava falar, mais chorava. Tentei dizer pra eles o quanto era importante aquele momento, mas que eles poderiam brincar de dançar, que há 20 anos acompanho o FESTIRIM, desde sua origem lá em 1993, quando a Andréia teve essa magnífica ideia. Tentei dizer o quanto confiava neles e tinha certeza que iam fazer bonito com suas pilchas novas.
Na hora de descanso par ao almoço pegamos estes flagrantes do acampamento do Glaucus. momentos inesquecíveis
Mas não conseguia, pois na minha cabeça só vinha a certeza que aquela apresentação da Mirim, em sua atual formatação pro Festirim, seria a ultima de alguns membros do grupo, incluindo o Jean, meu filho. Era o fim de um Ciclo onde essa gurizada brincava e, por muitas vezes, nos enlouquecia. Eles riem. Brincam. Dão puxões. Se sujam. E os pais e coordenadores correm desesperados. Aí, passado de meia noite, o resultado. Todos “cortados de alça de gaita”, dizendo: nunca mais venho! E, ao ir pra casa a conversa é a seguinte: Ano que vem vamos nos preparar melhor, nos organizarmos...etc... Não é assim?

Nas fotos de cima, comercial da Schin: "Vamos ficar aqui pra sempre" e nas fotos abaixo, momento de cansaço tomou conta
Nestes anos de Glaucus Saraiva (já enchi os olhos d’água) vi tantas pessoas passarem por ali, músicos, pais, tradicionalistas, amigos, gente com boas intenções, gente com nem tão boas intenções, e vi a turma da churrasqueira. Ah, a turma da churrasqueira, lugar onde o stress do dia-a-dia dá lugar à grandes amizades. Onde nascem ideias, onde se frustram ideias, onde brigam, onde se abraçam, onde o ciclo acontece.
Olhem pra essas carinhas... um ciclo que se foi... outros vieram e outros tantos irão. A Kana, nossa japa-guria voltou pro Japão
 Olhando pra um passado nem tanto distante, lembro daquela mirim, daquelas crianças, hoje quase adolescentes, namorando, ajudando os pais, ensinando, passando suas experiências para os mais novos, já servindo de modelo, isso é um novo ciclo. Mas como é difícil se desprender do ciclo, mesmo vendo ele passar. E foi isso que senti ao dizer que era o último FESTIRIM de alguns mas, inclusive, do Jean. Puxa, meu filho não é mais mirim. E ai, vejo o Coxilha Aberta, com meus ex-alunos da mirim e juvenil, levando seus filhos pro FESTIRIM. É um novo ciclo. 
Lembram do patrãozinho e patroazinha mirins? Quanto tempo... o véio e a véia?
Não chorem... nosso ciclo continua, em uma outra fase.

Um comentário:

Fulvio Lopes disse...

Caro amigo sebes bem, os ciclos se renovão,lembro muito do amigo, e acompanho quantos ciclos já passaste e quantos firão? Mas a vida é isso, com certeza acompanharesmos mais um ciclo do amigo e seu filhote. Como diz vamo que vamo o futuro nos pertence.
Até que o Patrão velho nos de um ciclo celestial.

Forte quebra costela. Amigão.