quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Sistema de Avaliação - Qual a tua opinião?

          Ao passar pelo facebook costumo encontrar muitas opiniões sobre muitas coisas. Entre elas como tudo deveria ser. temos certeza que pela vontade das pessoas o Brasil e o mundo seriam totalmente diferentes. Nos Festivais que envolvem danças, também.

          Em seus pensamentos Cristiano Barbosa, de Antonio Prado, que já escreveu diversas obras e entende do 'riscado', fez uma serie de observações em cima do trabalho que eles fazem via redes sociais, debatendo sobre a dança, em seus diversos aspectos. Existe um canal no You Tube, do professor Toni Sidi Pereira, o "Fala aí, Professor" que debate com diversos outros professores o tema. E ontem, 8, o assunto foi a avaliação e teve um dos maiores especialistas na áreao, o professor Moacir Gomes dos Santos. Leia e forme a sua opinião (pode até deixa-la nos comentários).

 Só clicar na imagem e vai direto ao vídeo no You Tube

Cristino Silva Barbosa:

   Já que o Cavani não chegou (por enquanto) estava aqui pensando o que conversamos no BAITA encontro que tivemos ontem a noite no canal "Fala aí, Professor", com o Moacir Gomes Dos Santos:

- O consenso na avaliação de nossa danças de Projeção Folclórica ajuda ou prejudica o resultado final?
- Esse tipo de avaliação não e subjetivo? O "gostômetro" não interfere, pois temos muitas coisas técnicas q tem q ser observadas.
- E a harmonia não pode definir o resultado?

Fabio Rosso: 
"Certamente o gostômetro vem interferindo muito nos dias atuais meu chefe.. Uma vez que muitas coisas se definem num prazo curto de tempo, aonde as reflexões pertinentes fazem parte do momento, atualidade ou situação".

Gledison Silva:
"Também fiquei matutando bastante sobre o papo Tianão. Como é bom ter vários pontos de vistas para podermos formar as nossas opiniões. O consenso a harmonia definir são detalhes, entre tantos, a se pensar".

Lucas Cordova 
"Então faço outra pergunta? Existe a possibilidade de um consenso para essa mudança e se existe, este não seria o momento de mudar essas coisas que acontecem também em outros festivais?"

Marcileia Capitanio 
"E será que a harmonia define mesmo????  E onde será que "gostometro" está mais presente????    E se a dança não é matemática. Porque e que avaliamos ela de forma matemática????   Tantas e tantas perguntas que até agora ninguém soube responder!!!!  Porque sera????"

Rodrigo Gil Ribeiro 
"Baita aula com o mestre Moacir Gomes Dos Santos. Experiência de 55 anos de Dança. Acredito que a avaliação do dançar deveria ser sempre no todo, se o concurso permitisse. A avaliação sempre será subjetiva (gosto), baseado em critérios objetivos. No caso do FNCG por ser uma equipe de avaliação pequena e que faz educação continuada torna-se plausível. Compreendo que seja mais difícil nos grandes festivais pela alta rotatividade dos avaliadores.
Parabéns ao projeto Fala Aí Professor Toni Sidi Pereira!"

Priscila Pereira: 
"Acredito que ao participarmos de um concurso, toda avaliação seja ela por quesito ou no todo o gosto dos avaliadores é sempre expressado, sendo através de notas (boas ou ruins) ou por um possível consenso. O avaliador é contratado para definir os campeões de acordo com seu gosto e entendimento do que é correto nas danças, e como a dança não é uma ciência exata, entendo que os gostos fazem parte da construção de notas e da planilha dos avaliadores".

Manoel Soares Neto:
"Nossas avaliações são técnicas! Só teremos mudanças quando o lado artístico for valorizado...E quanto ao gostometro ou o lado pessoal infelizmente sempre existiu... É mais fácil "meter" a caneta num guanchuma do interior do que fazer valer mesmo peso, mesma medida para os grandes figurões!"

Rui Arruda Antunes:

"Contribuindo meu amigo Cristiano.

Hoje com toda tecnologia, a abertura que se tem nas mídias sociais referente Rodeios e Festivais. Será que não estava na hora de todos os Festivais principalmente os Estaduais e Nacionais, enfim todos os Rodeios de realmente colocar planilhas abertas no sentido da palavra independente do sistema de avaliação. Na minha humilde opinião, o que o Festival Regional da Cultura Gaúcha no oeste de SC faz no trabalho de divulgação de resultados é exemplar, quando tu acessa o site tem todas as informações claras e abertas com comparativos dos avaliadores e espelhos das planilhas isto eu acho que é realmente planilha aberta, ajudaria bastante para que concorrentes e avaliadores tivessem real noção do que acontece. Alguns rodeios já fazem este sistema, (exemplos FRCG, Rodeio de São Marcos, Bom Jesus, Flores da Cunha, Abdon Batista e outros que não me recordo agora). Se o pessoal puder passar no site do Gelson Borsoi e dar uma olhada nestes rodeios e Festivais é importante a forma de como é divulgado os Resultados".

Cristiano Figueira Flores: 
"O gostômetro sempre existiu meu amigo e sempre vai existir... Vejo que em termos de transparência chula já está mais evoluída que as danças...

Sou totalmente a favor do comentário e pensamento aí do mestre Rui Arruda Antunes...planilha aberta todos e na sua totalidade... quesito... nome do avaliador e dança avaliada entre outras possíveis abertura. Fica mais fácil o entendimento do que tu fez e faz também em relação aos outros e o que precisa melhorar ou evoluir... Acredito que isso seja transparência... pra mim... pra ti e pra qualquer um que concorra..."

Não pude deixar de sacanear meu amigo Cristiano...

3 comentários:

Dom Camillo disse...

O sistema de avaliação usado hoje na vacaria, por exemplo, com um avaliador para todos os quesitos, é o suprassumo do conhecimento.
Encontrar pessoas completas, no conhecimento, e íntegras para esse poder é que me faz pensar.
Uma evolução que muitos não estão preparados, apesar de ter sido assim no começo de nossos festivais.
Ainda mais no sentido de um ajuste de colocações pós dança.
Ainda é necessário um meio termo antes de atingirmos esse patamar.
Minha singela opinião.

Romeu Fregonese Júnior disse...

Nos eventos onde se avalia por quesitos, como ENART/FENART o gostometro também existe e inclusive define sim os resultados, tirando a correção coreografica, que é um critério totalmente técnico, os demais são suscetíveis ao gosto ou entendimento do avaliador. A interpretação é 100% subjetiva ao entendimento ou gosto do avaliador, se dá a nota se achou a interpretação do grupo a melhor em sua concepção, sendo totalmente subjetiva. No final a harmonia também é suscetível ao gostometro, e nunca foi consenso entre o meio, inclusive discutimos muito o que seria realmete harmonia de conjuto nas danças tradicionais, alguns avaliam sincronismo outros proposta harmônica. Quem está certo? E pode realmente no final, definir o resultado. Creio que podemos e temos como melhorar esse sistema.
Talvez uma mescla, onde o sistema por quesitos possa se aprimorar com o sistema de avaliacao conjunta do FNCG e ambos evoluírem.

Unknown disse...

Embora eu não tenha visto o debate, deixo aqui minha contribuição:
Uma apresentação artística, de qualquer natureza, deve ter uma nota do todo. Da apresentação em palco, conforme a proposta apresentada. Nunca partindo de uma nota máxima e a partir daí tendo "descontos", isso é nivelar por baixo. Quem avalia deve ter conhecimento e sensibilidade para escolher o melhor, independente de ter nota ou não. Coreografia é um ponto, que na minha visão, nem deveria constar em planilha. A planilha não deve servir para justificar a quem perdeu e sim para para balizar quem fez melhor. A emoção da teatralidade assim como todos os critérios de indumentária e música por exemplo, devem ter atribuição de nota e não desconto, como se todos estivessem numa vala comum, a observação de uma projeção que busca a autenticidade deve ser notada e valorizada, dentro da época que a apresentação está inserida e sua temporalidade. A liberdade é outro fator importantíssimo dentro de uma visão cultural artística. Sortear antes de uma apresentação é esperar menos dela. Isso foi convencionado lá no início, quando as danças estavam em fase de disseminação, hoje é até cômico que ainda seja assim. A visão precisa ser mais artística e construtiva, sob pena da perda, pelo movimento, de muita gente que acaba se desligando em decorrência da mesmice, estabelecida por critérios que buscam uniformidade numa cultura, que por sua riqueza, graças a Deus, tem campo aberto para a criatividade e diferenciação, sem perda da busca pela autenticidade. Menos técnica e mais sentir, esse é o caminho para o bem de uma cultura, que não vive somente na poeira dos troféus. Eu sei que um dia chegaremos lá.
Ramiro Amorim