terça-feira, 29 de setembro de 2020

Eleições e a Convenção de Uruguaiana

       Na história do tradicionalismo gaúcho muitos nomes fortes tentaram alcançar uma vaga no meio político, fosse no legislativo ou no executivo, mas não conseguiram. Nomes que se destacavam em nosso meio como Vilmar Romera, Antônio Augusto Fagundes (que fez pouco mais de mil votos em Porto Alegre), Elton Saldanha, Gaúcho da Fronteira, Osmar Severo (não conseguiu reeleição depois de ter ajudado, e muito), Jarbas Lima (não se reelegeu deputado federal, depois de nos dar o nosso maior feriado, a data magna de cada estado), Edson Dutra, dos Serranos, Airton Pimentel, e tantos outros. Na última eleição Luiz Marenco se elegeu deputado estadual.

          Mas como se dá esse fenômeno? É base para um estudo, mas arrisco um palpite pelos anos envolvido neste meio, pois vejo com frequência que, muitos tradicionalistas, se prendem aos estatutos da sua entidade no quesito que diz: "A associação não se vinculará a qualquer atividade de cunho político-partidário, e nem permitirá quaisquer espécies de discriminação de cunho racial, social ou religioso." e, acredito que esteja ai, a má interpretação. Escrevi sobre isso em 2012 e 2014.

          Todos nós acabamos votando em alguém. Por que não alguém identificado com valores que buscamos preservar? Estude a vida, o caráter, se o indivíduo cumpre com aquilo que promete ou dá desculpas. Analise, quanto o poder (mesmo que mínimo) o revela (pois ele não transforma e nem corrompe, somente revela quem a pessoa é). 

  

Cyro Ferreira e Frontelmo Machado

  Quando esse poderio cultural, de botas e bombacha, resolver se unir e escolher alguém que possa olhar pelo tradicionalismo, que realmente dê valor aos nossos usos e costumes, valorize nossa indumentária, nossos símbolos, que não apareça nas promessas, mas nas ações, que é fazer uma sociedade melhor pra nossos filhos se criarem, nesse dia teremos criado consciência e votado com a convicção de que não jogamos o voto fora. Mas hoje brigamos na justiça comum para ocupar um cargo voluntário que deveria ser preenchido por pessoas amigas.

         No dia em que dermos as mãos vamos ver quanta coisa pode mudar pra melhor. A igreja evangélica, o futebol, setor agrícola e até a chamada bancada da bala se deram conta, se ajudam, e hoje, dominam parte do parlamento em Brasilia. São organizados, pois sabem o que querem.


       E o candidato a vereador (a), ou prefeito (a) e vice, na tua cidade? Vais olhar com cuidado o passado ou vai votar nesse mesmo,  por que sempre ganha (e tem experiência)? Preserva valores importantes? Cumpre a palavra dada, ou procura onde que assinou ou escreveu? É pró-ativo ou só discursa? Está mais uma vez nas tuas mão a grande decisão.

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