terça-feira, 18 de novembro de 2014

DTG Juventude, sinônimo de emoção

          Só quem teve um cavalo pode entender bem o que as entradas e retiradas do DTG clube Juventude, do Alegrete, quis mostrar. Uma musica no ginásio, que a acústica te impede de entender bem, movimentos lentos, desagrada aqueles que gostam de musicais fortes, intensos, com movimentos rápidos. 
          “O gaúcho tem na figura do cavalo, muito mais do que o uso para força de trabalho, serventia e subordinação, mas sim, um mutualismo que perpassa por gerações a fio, entremeando-se à história da formação de um povo” – fala a sinopse da coreografia.
Coreografia de entrada (Como num livro):
          O gaúcho, ressentido após a morte de seu cavalo, é surpreendido por seu filho, que lhe trás um potrilho, para suprir a ausência sentida pela falta de seu cavalo parceiro fiel. O gaúcho repassa os ensinamentos a seu filho, perpetuando a relação homem e cavalo, na figura de seu filho e seu potro.
          Então, como diz a letra: “como num livro, a cria recria o sentido da vida...”!
O Velho sendo carregado, pelo cavalo, que vira ainda potrilho. Momento que emocionou os amantes da vida à cavalo.
Coreografia de saída (Mesmo que o coração pare):
          O gaúcho, orgulhoso dos ensinamentos e valores passados ao seu filho, vê o tempo passar, seu filho crescer, virar homem... e o potrilho transformar-se num belo cavalo, voraz, seu companheiro devoto.
          Porém, o tempo não perdoa e deixa suas marcas... o gaúcho já não é mais aquele jovem ágil e tenaz de outrora, mas sim, um velho peão que traz em cada fio de cabelo branco uma história vivida, carregada de muita abnegação, sofrimento e regalos que a vida trouxe.

          A letra diz: “mesmo que o coração pare, mesmo na hora do adeus”... assim, parte mais um gaúcho, mas a relação homem e cavalo se perpetua, e se mantém viva na história do Rio Grande do Sul!

2 comentários:

Patricia Disconzi disse...

Linda descrição do trabalho do DTG Clube Juventude que vez muitos gaúchos se emocionarem e sentirem transcender o amor no palco sagrado do Enart. Só quem presenciou é que conseguiu sentir a pureza dessa relação entre homem e animal! Orgulhosa desse trabalho e dos meus amigos que realizaram esse feito e mais orgulhosa ainda do meu esposo Douglas Paiva e seu parceiro de trabalho Paulo Gomes que criaram os cavalos com tanta beleza e perfeição!

Leandro Lautert disse...

Este é um exemplo perfeito do que se chama dançar com o coração. Sem a necessidade de grandes estruturas, de temas de revolta que as vezes deviam ser censurados em ambientes com tantas crianças. O Juventude conseguiu emocionar a todos com essa simplicidade e grande bom gosto na escolha do tema. Vi exatamente a figura do meu pai ali e certo que vim pensando muito na volta para casa.