terça-feira, 4 de novembro de 2014

Prefeitura de Porto Alegre pode ir contra o tombamento do Grêmio Gaúcho

          Recebi este e-mail hoje pela manhã. Não sou de dar publicidade aos assuntos deste vereador de Porto Alegre, mas hoje o assunto parece-nos de fundamento. Por isso peço que leiam com atenção o que dizia o e-mail recebido de Bernardino Vendruscolo.


          Após ter tentado por vários anos junto às Secretarias da Cultura do Estado e da Capital, sem, contudo, obter o apoio necessário para a preservação do prédio que já foi sede do Grêmio Gaúcho (Gauchinho como é conhecido), localizado no quarteirão formado pelas Ruas Dr. Carlos Barbosa, Bispo Laranjeira, Sepé Tiaraju e Av. Niterói, busquei em 25 de fevereiro de 2013, garantir sua preservação por Projeto de Lei nº 051/13, visando o seu tombamento.
          Decorridos os prazos normais, com debates nas Comissões Temáticas da Casa, chegou o momento da sua votação. Todavia, surpreendentemente recebi informações de que o Governo Municipal recomendará aos Vereadores da base governista para votarem contra o projeto de tombamento. As justificativas são as mais evasivas possíveis, não esclarecendo nem convencendo as razões de tal orientação.
          Quero lembrá-los que o Grêmio Gaúcho é um projeto e bandeira histórica de João Cezimbra Jacques, conhecido como patrono do tradicionalismo gaúcho. Essa bandeira teve início em 22 de maio de 1898, que, meio século depois, deu origem ao MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho), liderado por um grupo de alunos do Colégio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, em 1947. Conforme site do MTG, esses ilustres alunos eram: Antonio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, Cilço Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e João Carlos Paixão Côrtes, e logo a seguir contou com a participação de Luiz Carlos Barbosa Lessa.
          Torno público esses fatos e o faço antes da votação, como um alerta, para lutarmos na defesa da preservação do prédio histórico, porque devido a sua importância tenho a justa expectativa de conseguir preservá-lo e dar a ele uma destinação condizente com sua importância histórica. 
Por solicitação do Instituto Histórico Geográfico do Rio Grande do Sul, subscrito pela diretoria, Dr. Miguel Frederico do Espírito Santo, Dr. Fausto José Leitão Domingues, o Dr. Arquiteto Günter Weimer, fez longa pesquisa que justifica de forma inequívoca a pretensão do tombamento do prédio, também, pelas questões arquitetônicas, culturais e históricas. 
          Na exposição de motivos do nosso Projeto para o tombamento do prédio, acostamos artigos do jornal Correio do Povo, publicados há mais de 116 anos, descrevendo o período de inauguração e os motivos que levaram os sócios da época a fundar a Entidade.
          Nas pesquisas que fizemos foi possível encontrar dois Estatutos, ambos muito antigos, onde dispõem das proposições e fins, assim como, do destino quando da sua extinção, qual seja, o de servir a um Museu do Gaúcho (ver Estatuto de 1927, artigo 54). É a preservação da nossa história que nos move em busca da aprovação do Projeto que tomba o Grêmio Gaúcho - concluiu Bernardino.        

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