segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Um ano depois... a dor continua

           Talvez as pessoas pensem que quem não tinha um filho na boate Kiss na trágica madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, não sinta uma dor imensurável por dentro. Quem tinha amigos tem esse sentimento. Quem estava lá e conseguiu sair a tempo, mas em especial, quem tem filhos, tem esse sentimento. Cada vez que olho para meu filho, sei que um dia ele estará em festas com seus amigos, comemorando algo, festejando a vida...
           Quem tem filhos sofre junto com os pais daqueles 242 jovens que desencarnaram. A gente ve o filho sair para visitar amigos, brincar, jogar, se divertir, mas estamos sempre com o coração na mão.
            Os filhos por sua vez, loucos para soltar as "amarras" que os prende a seus pais, não veem a hora de pegar a estrada, ir para a boate, ir pra festa... Somente entenderão seus pais o dia em que tiverem filhos.
           Tanta gente que conhecíamos, outros nem tanto, mas que festejavam ter passado no vestibular e iniciariam uma nova carreira, interrompida bruscamente. Não podemos fazer nada.. não podíamos fazer nada naquele dia. O que podemos fazer é pedir pra ti filho, que ouça seus pais... Não queremos acorrentar vocês, prende-los a nossas vontades. Queremos te-los sempre sorrindo a nosso lado. Brincando. Vocês aos 50 anos serão nossas crianças e queremos ama-los como tal. Difícil segurar as lagrimas agora. enquanto escrevo, imagino os pais daqueles 242 jovens...
            Os tradicionalistas foram as ruas no domingo, 26/01, quando completou um ano, ao lado de tantas outras pessoas, manifestar o pesar e homenagear as vitimas e suas famílias guerreiras. Que Deus esteja sempre com vocês...

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