sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Cezimbra Jacques, patrono do tradicionalismo gaúcho

 

    João Cezimbra Jacques nasceu em Santa Maria, no dia 13 de novembro de 1848 — e veio a falecer no Rio de Janeiro, em 28 de julho de 1922. Militar de Cavalaria, foi voluntário na Guerra do Paraguai aos dezoito anos, em 1867, servindo no 2º Regimento de Cavalaria. Lá permaneceu durante três anos e recebeu condecorações do Uruguai, Argentina e Brasil. Seu pai também participou da Guerra do Paraguai onde veio a falecer.

    Em 1895 comandava o terceiro Esquadrão do terceiro Regimento de Cavalaria, foi instrutor da Escola Preparatória de Rio Pardo e do Curso D'Armas da Escola Militar do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Em 1901 passou para a reserva no posto de major. Era positivista, discípulo de Augusto Comte.

    Pioneiro em várias áreas, foi o primeiro a publicar um livro em Santa Maria, participou da criação da Academia Rio-Grandense de Letras em 1901. Foi um dos fundadores do Partido Republicano Rio-Grandense em 1880. Fundador do Grêmio Gaúcho de Porto Alegre, em 22 de maio de 1898, sendo por isso considerado precursor do Movimento Tradicionalista Gaúcho e seu patrono (1959).

    Como escritor versou sobre assuntos até então pouco explorados ou inéditos. Por sua inspiração foi criado o Grêmio Gaúcho, núcleo primeiro no culto sistematizado das tradições sul-rio-grandenses; fez parte dos primeiros adeptos do positivismo. Além de considerações a respeito da vida, usos e costumes dos indígenas do seu Estado, registrados em seu Ensaio Sobre os Costumes do Rio Grande do Sul (1883) e em Assuntos do Rio Grande do Sul (1912), escreveu uma pequena monografia intitulada Frases e Vocábulos de Aba Neenga Guarani e Notas Sobre os Silvícolas – afora outros vários títulos sobre questões de história e cultura.

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