Festival de Arte e Cultura do Pampa Gaúcho - São Gabriel

     Oficinas imperdíveis no Festival de Arte e Cultura do Pampa Gaúcho em São Gabriel!!! Inscrições no link da minha Bio!!!

    No dia 2 de outubro, abrimos a programação com duas atividades especiais e nomes de peso do tradicionalismo:

🧉Oficina de Chimarrão com Liliane Pappen e 🗣️ Oficina de Comunicação e Cultura com Rogério Bastos

    São as primeiras oficinas do festival e prometem muita informação e troca de experiências. E o melhor: a participação é gratuita! 🙌

E ainda tem muito mais ao longo da programação:

🎶 Oficina de Gaita

🎸 Oficina de Violão

🤠 Oficina de Guasquearia

🍀Palestra com a Setur

👉 Então já garante tua inscrição e venha viver essa oportunidade única.

📍 todos estão convidados!

O que eu vi florescer neste mês setembro - por Jaime Morgan MTG-AO

 

        No seio do CTG Querência Nova, o tradicionalismo ganha ainda mais força quando percebemos que não são apenas os jovens que se dedicam às invernadas, mas também seus pais, que não ficam restritos a ser meros espectadores. Eles assumem o protagonismo, envolvem-se de corpo e alma, participam das atividades, colaboram com os trabalhos e tornam-se verdadeiros guardiões da cultura gaúcha.

    Esse movimento vai além da dança e da música: é a vivência diária dos valores de simplicidade, união, família e amor à tradição. Quando pais e filhos caminham juntos dentro do mesmo ideal, o CTG deixa de ser apenas um espaço de apresentações para se tornar uma verdadeira escola de cidadania e de cultura.

    É nesse engajamento que se vê a semente do tradicionalismo sendo plantada com firmeza na região. Pois a tradição não se preserva sozinha — ela se renova na participação ativa, na dedicação voluntária e no orgulho de transmitir às futuras gerações o legado dos antepassados.

    Assim, cada ensaio, cada evento e cada gesto dentro do CTG Querência Nova se transforma em prova viva de que a cultura gaúcha não apenas resiste, mas floresce com vigor.

    Parabéns a todos os protagonistas: Patrões e todos os diretores, professor, artistas " Wilian e Éverton , Sukata e filhos " apoiadores , pais , peões e prendas . 

    O meu muito obrigado a todos

                                                                Jaime Valentim Morgan

Movimentos Sociais e o Tradicionalismo Gaúcho - Por Jaime Morgan (MTG/AO)

     Os movimentos sociais nascem da necessidade coletiva de afirmar valores,
direitos e identidades. Em geral, eles não acontecem de forma repentina: são processos lentos, muito lentos , construídos passo a passo, a partir da consciência e da mobilização das pessoas. É nesse ritmo gradual que os movimentos conseguem promover mudanças profundas, transformando mentalidades e hábitos da população.

    O Movimento Tradicionalista Gaúcho é um exemplo vivo dessa dinâmica. Mais do que um simples resgate do passado, ele representa a reafirmação de uma identidade que atravessa gerações. Ao valorizar a cultura gaúcha, as tradições, os costumes e a preservação dos símbolos regionais, o movimento fortalece também a base da vida em sociedade: o amor à família, a simplicidade das coisas simples, o respeito à liberdade , um bem tão carro nos dias atuais e amor a terra.

    As raízes desse movimento estão ligadas ao heroísmo dos homens e mulheres da Revolução Farroupilha de 1835, que deixaram forjada na alma gaúcha a coragem, o ideal de justiça e o sentimento de pertencimento. Ao manter vivas essas lembranças, o tradicionalismo não apenas preserva a memória histórica, mas também inspira novas gerações a viverem com dignidade, autenticidade e amor às suas origens.

    Assim, o tradicionalismo gaúcho mostra como um movimento social pode, ao longo do tempo, moldar comportamentos, unir comunidades e dar sentido à vida coletiva, mostrando que a verdadeira riqueza está nos valores humanos, na cultura e na família.

Jaime Valentim  Morgan 

Presidente MTG-AO -Movimento Tradicionalista da Amazônia Ocidental -no período de 2011 a 2016

KERB E OKTOBERFEST - Por Neusa Marli Bonna Secchi

    Conforme Morais (1942) citado por CÂMARA CASCUDO (2000), “Kerb é um baile popular no interior do Rio Grande do Sul, entre os colonos alemães. De origem alemã, os kerbs são bailes alegres e movimentados, com duração de dias, nos quais é visível o bom humor, estimulado pela cerveja e pelo chopp, bebidas introduzidas por eles, eque encontram grandes apreciadores nas populações de outras origens”

    Sua origem tem fundo religioso porque os alemães assim que chegaram trataram de pagar as promessas para que não naufragasse o veleiro em que viajavam. Se chegassem são e salvos fariam uma homenagem ao santo do dia. O santo era homenageado com uma festa que durou três dias, quando foi escolhido o padroeiro da colônia.

    As primeiras festas ainda conservava o motivo inicial: rememoração da viagem que era representada por um baú ou mala, transportada em préstito pelo casal mais velho da comunidade e levados até a igreja para realização de culto. Após cerimônia religiosa o povo se dirigia ao salão de festa todo enfeitado com bandeirinhas, guirlandas de folhagens e palmas. Animados por uma banda realizavam brincadeiras:

a) Procura de uma garrafa decorada e quem a encontrava recebia o título “Jovem do Kerb” (Kerbpub), com direito à uma faixa ou distintivo.

b) Subir no “Pau-de-Sebo”, em cujo topo havia um prêmio, e nessa ocasião elegiam o “Rei do Kerb” (kerbkonig).

c) No meio do salão, numa coroa de flores e folhagens era colocada uma garrafa de cerveja; se uma dama, ao dançar sob a coroa, tocasse na garrafa, seu par teria que pagar uma bebida. CÂMARA CASCUDO (2000) em seu Dicionário do Folclore Brasileiro relata que “o baile era aberto com a Polonese, dançam-se valsas, polcas e outros ritmos típicos alemães. Servem-se pratos especiais: bolinhos de carne, a ‘streussel Kuchen’ (cuca) com a ‘wurst’, (linguiça, ‘scheinebraten’ (porco assado), ‘stergdoss’ (doce de polvilho). Os Kerbs que se prolongam além de três dias, são animados por bandinhas que tocam instrumentos de sopro e de percussão, o contrabaixo (rabecão).”

    “Os ‘haberer’, homens de moral ilibada, pertenciam a associações secretas atuavam na Bavária, no século XIV. Devido à peste bubônica que irrompeu em Munique, os haberer atraíram multidões às ruas com danças e músicas, elevando o ânimo de todos. Este fato teria dado origem à Oktoberfest, Festa de Outubro.” (MARQUES et al., 1995).

    Alguns haberer, vindos para o Sul do Brasil como imigrantes, fundaram a Associação dos Haberer ou Bávaros de Porto Alegre. Sua instalação se deu em 1902, e no ano seguinte realizaram a 1ª Oktoberfest.

    A Oktoberfest inicia-se no mês de outubro e dura dois fins de semana. É aberta com um grande baile e desfile das candidatas à rainha da festa com inúmeros grupos de cantos e de danças alemãs. 

    Os participantes usam trajes característicos, com adaptações em razão do clima, em vez de calças de couro, usam-nas de tecido.

    Na festa, vendem-se diversos pratos: chucrute, salada de batatas, costeletas de porco, pães de centeio, tortas, grelhados, além de cerveja e chope. No local há muitas diversões e souvenirs para venda. As festas vêm sendo realizadas em Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Dois Irmãos e Nova Petrópolis.

Estou de volta!

 Eu tinha dado uma parada no BLOG. Sim, tinha dado um tempo pra ele, que nasceu em 2007 para ser uma agenda de viagem quando fomos para a Alemanha com o GAN Anita Garibaldi de encantado para dançar um festival de folclore. De lá pra cá foram 5 milhões de acessos  e milhares de matérias que fiz ao longo dos tempos.

    Pois eu voltei! Depois de fazer o comentário do desfile Farroupilha de 2025, em Porto alegre, pela TVE e TV Assembleia, fiquei inspirado e voltarei a postar a história nas páginas deste blog (sem mexer nele tive 12 mil acessos em dois dias).

    Chegamos a rica marca de 5.100.000 acessos no Blog! Graças a vocês. Vamos meter conteúdo de qualidade por aqui. Salta certito e firme nos bastos, te estriba bem e não afroxa as rédeas.