sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Pela passagem do 4 de dezembro, rendemos nossas homenagens

     


A lei 8.814, de 10 de janeiro de 1989, de autoria do deputado e poeta, Joaquim Moncks, consagra Gildo de Freitas (Leovegildo José de Freitas), falecido em 1982, patrono do poeta repentista gaúcho e Teixeirinha (Vitor Mateus Teixeira), que faleceu em 1985, patrono do artista regionalista Gaúcho. Esta Lei teve a iniciativa e o trabalho de pesquisa para o projeto de Lei, realizados pelo tradicionalista Paulo Roberto de Fraga Cirne. 

          A ASSOCIAÇÃO DE TROVADORES LUIZ MÜLLER, de Sapucaia do Sul, foi criada no mesmo ano, 1989, e também todos os anos faz reverências a data, com homenagens aos dois vates e também ao trovador Mário Bandeira, Patrono Espiritual da Entidade, que também faleceu no dia 4 de dezembro.

        Então, nesta data, a nossa reverência a esses Artistas da Música Regionalista. Gildo de Freitas faleceu em 4 de dezembro de 1982 e Teixeirinha faleceu em 4 de dezembro de 1985. Eles continuam sendo DOIS GRANDES representantes da MÚSICA REGIONALISTA DO RIO GRANDE DO SUL. Não só no Rio Grande do Sul, mas no BRASIL. Também nossa reverência ao saudoso trovador Mário Bandeira.

       Também num dia 04 de dezembro, do ano de 2014, morria o tradicionalista Vilmar Romera, apresentador e um dos maiores incentivadores da Cavalgada do Mar, sendo seu comandante a partir da 5ª edição. 

          O canto de improviso, no Rio Grande do Sul é conhecido como trova e é uma das manifestações espontâneas mais antigas do estado. Segundo Paulo Roberto de Fraga Cirne, em seu livreto, intitulado "Canto de Improviso", existe registro de um trovador nos tempos da Revolução Farroupilha, chamado Pedro Canga (Pedro Muniz Fagundes, de Herval). 

            No Rio Grande do Sul, atualmente, os trovadores usam o estilo das seguintes modalidades para trovar: Trova Campeira, ou Mi maior de gavetão, Trova Estilo Gildo de Freitas (da musica 'Definição do Grito'), Trova do Martelo e a Trova em Milonga. Mas já se trovou no estilo Oi-La-Rai e tira-teima (ou tira-cisma).

             Gildo de Freitas nasceu em Porto Alegre, dia 19 de junho de 1919, no bairro Passo D'Areia, tornou-se um menino muito rebelde, tanto que aos 12 anos fugiu de casa pela primeira vez. Casou com Dona Carminha em 1941 e, três anos depois nasceu o primeiro filho. A partir de 1950 conhece Getúlio Vargas e trabalha em sua campanha cantando, a policia larga um pouco do seu pé, e logo Gildo encontra fama nos programas de rádio e auditório. A "briga" com Teixeirinha chegou ao auge nos anos 70, quando se mudou novamente para Viamão e inaugurou a Churrascaria Gildo de Freitas e deu início aos bailões. Em uma vida de altos e baixos, Gildo vem a falecer na capital em 4 de dezembro de 1982.

            Vítor Mateus Teixeira nasceu em Rolante, no dia 3 de março de 1927  e é mais conhecido pelo seu nome artístico Teixeirinha, o "Rei do Disco" (pelos recordes de vendas). Quando tinha seis anos seu pai faleceu e, aos nove, perdeu sua mãe. Foi para a casa de parentes que, sem condições, não conseguiam sustenta-lo. Então Teixeirinha partiu para trabalhar no que podia. Desde mão de obra em granja, vendedor de doces em pensão, carregador de malas, entregador de viandas, vendedor de jornais, enfim fazia qualquer atividade para poder sobreviver. Aos 18 anos alistou-se no exército, mas não chegou a servir. Nessa ocasião foi trabalhar no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), como operador de máquinas, onde ficou por seis anos. Dali saiu para tentar a carreira artística, cantando nas rádios do interior, nas cidades de Lajeado, Estrela, Rio Pardo e Santa Cruz do Sul.

           Teixeirinha teve um recorde de venda de discos sendo que, até 1983, lançou 70 LPs, compôs algo em torno de 1200 musicas e vendeu mais de 100 milhões de cópias. Assim como Mazzaropi, foi um dos maiores fenômenos populares do cinema sul-americano regional. No caso do cantor gaúcho, seus filmes chegaram a superar um milhão e meio de espectadores, apenas nos três estados do sul do país. A fórmula era semelhante: baseavam-se em músicas de autoria de Teixeira, que interpretava a si mesmo. Teixeirinha faleceu vítima de câncer, no dia 4 de dezembro de 1985 e está enterrado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre.


Fonte: Paulo Roberto de Fraga Cirne

Blog do Leo Ribeiro de Souza/2018

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Pré-estreia do filme: “Darcy Fagundes: meu famoso pai desconhecido”


Quando: 16 de dezembro  

Coquetel: 18h

Exibição do Filme: 19h

Cinemateca Capitólio

    Um filme de Luciane Fagundes que retrata a vida e obra do ator, declamador e radialista Darcy Fagundes que comandou o “Grande Rodeio Coringa” na rádio Farroupilha. O programa de maior audiência dedicado à música e aos temas ligados à cultura regional. Um documentário construído a partir de lembranças, revelações e afetos.

Assembleia entrega os prêmios Teixeirinha, José Mendes e Jayme Caetano Braun

César Cattani, chefe de gabinete do deputado Luiz Marenco entega a Odilon Ramos
   
     A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realizou a entrega do Prêmio Jayme Caetano Braun, juntamente com a tradicional solenidade dos Prêmios Vitor Mateus Teixeira e José Mendes, neste dia 03 de dezembro no auditório do Memorial do Ministério Público do RS, em Porto Alegre.
    A criação do Prêmio Jayme Caetano Braun é oriunda do Centenário de nascimento de Braun que se comemorou em 2024, quando o atual primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Luiz Marenco, encaminhou a sugestão para a Mesa Diretora, que aprovou por unanimidade. 
    O referido prêmio visa reconhecer a excelência daqueles que se consagraram como os maiores vencedores de festivais nativistas do ano. Enquanto os Prêmios Teixeirinha e José Mendes são por indicação dos deputados, o Jayme Caetano Braun é o somatório de vitórias em cada categoria artística dos festivais de música, poema, trova e pajada. Na categoria de danças tradicionais se presta uma homenagem ao vencedor do Enart (Encontro de Artes e Tradição).
    A solenidade aconteceu com pleno êxito, tendo oferecido ao público presente a Exposição Pajador Missioneiro, com parte da obra de Braum, gentilmente fornecida pela família do pajador. A exposição teve a curadoria de Paulo de Freitas Mendonça que também foi um dos apresentadores do evento, ao lado de Adriana Braun, sobrinha de Jayme. 
    Para consagrar os homenageados, o legislativo gaúcho encomendou uma criação artística do escultor missioneiro, Vinícius Ribeiro, que foi também o criador das duas estátuas de Jayme Caetano Braun, em Porto Alegre e São Luiz Gonzaga. Vinícius esculpiu, não somente a imagem de Braun, mas a essência e a altivez da identidade gaúcha.
    O encerramento da solenidade contou com um espetáculo do Sarau do Solar, com o consagrado instrumentista Paulinho Cardoso e Quarteto.

César Cattani, chefe de gabinete do deputado Luiz Marenco e Deputada Comandante Nádia entregam a Elizandro Chaves.

PRÊMIO VITOR MATEUS TEIXEIRA:

ARTISTA DE INTERPRETAÇÃO POÉTICA (PAJADA, TROVA OU DECLAMAÇÃO): ODILON RAMOS. 

CATEGORIA: ARTISTA OU GRUPO DE INTERPRETAÇÃO MUSICAL: PEDRO ORTAÇA E FAMÍLIA ORTAÇA. 

CATEGORIA: AUTOR(A) DE COMPOSIÇÃO MUSICAL: A COMPOSIÇÃO “VIDA NO CAMPO” - AUTOR THIAGO FONSECA 

CATEGORIA: OBRA CINEMATOGRÁFICA: O FILME “REVIVENDO A HISTÓRIA DOS BALSEIROS DO RIO URUGUAI” - DIRETOR MARCO AURÉLIO PEDOT. 

CATEGORIA: INSTITUIÇÃO OU VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO: RÁDIO NATIVA FM, DE PIRATINI. 

PRÊMIO ESPECIAL “CLÁSSICO DO RIO GRANDE DO SUL”: A MÚSICA “OS HOMENS DE PRETO” – AUTOR PAULO RUSCHEL. 


PRÊMIO JOSÉ MENDES 

APRESENTADOR DE PROGRAMA REGIONALISTA DE RÁDIO OU TV: ODILON RAMOS


PRÊMIO JAYME CAETANO BRAUN

CATEGORIA MELHOR LETRA/LETRISTA: RÔMULO CHAVES, RODRIGO BAUER E RAFAEL MACHADO. 

CATEGORIA MELHOR MELODIA/MELODISTA: NILTON FERREIRA CORRÊA E EVANDRO ZAMBERLAN. 

MELHOR INTÉRPRETE MUSICAL FEMININA: MARIA ALICE. 

CATEGORIA MELHOR INTÉRPRETE MUSICAL MASCULINO: FILIPI COELHO. 

CATEGORIA MELHOR INSTRUMENTISTA: EDILBERTO BERGAMO. 

CATEGORIA MELHOR DECLAMADOR: NEITON BITTENCOURT PERUFFO. 

CATEGORIA MELHOR PAJADOR: ELIZANDRO CHAVES. 

CATEGORIA DANÇAS TRADICIONAIS (VENCEDOR DO ENART: CTG RONDA CHARRUA, DE FARROUPILHA. 



Autor das Fotos: Raul Pereira/ALRS.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

MTG/RS divulga tabela de anuidades 2026

    A contribuição permanente das entidades filiadas, aos cofres do MTG, se constitui no recolhimento de uma anuidade, no valor atualizado em 1º de fevereiro pelo acréscimo da diferença existente nos últimos doze meses no índice geral de preços médios (IGPM) calculado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.

    O MTG divulgou a tabela referente a anuidade de 2026, confira:



Mausoléu do General Antônio de Souza Netto - Turismo cemiterial em Bagé

 

    Em Bagé, encontra-se o mausoléu do General Antônio de Souza Netto, um dos locais mais visitados no Cemitério da Santa Casa de Caridade. 

    Ele foi um importante protagonista da história do Rio Grande do Sul, com destacada atuação na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai.

    Em Rio Pardo, em 30 de abril de 1838, junto a Davi Canabarro, Bento Manuel e João Antônio da Silveira, derrotou os legalistas, comandados por Sebastião Barreto Pereira Pinto e os brigadeiros Francisco Xavier da Cunha e Bonifácio Calderón. Em 18 de junho de 1840, acampado perto do Arroio Velhaco, foi atacado de surpresa por Francisco Pedro de Abreu e perdeu diversos homens, inclusive o coronel José de Almeida Corte Real, um dos melhores oficiais farroupilhas. Abolicionista ferrenho, foi morar no Uruguai após a guerra, com os negros que o acompanharam por livre vontade e onde continuou com a criação de gado. Retornou à luta em 1851, na Guerra contra Rosas, com sua cavalaria na brigada de Voluntários Rio-Grandenses, organizada inteiramente à sua custa, o que lhe valeu a promoção a brigadeiro Honorário do exército, e a transformação de sua brigada em Brigada de Cavalaria Ligeira.

    Voltou ao combate na Guerra contra Aguirre e depois, juntamente com seu exército pessoal, na Guerra do Paraguai. No comando em brigada ligeira fez a vanguarda de Osório na invasão do Paraguai, na Batalha do Passo da Pátria, em 16 de abril de 1866. Sua brigada ostentava sempre, ao lado da bandeira do Brasil Imperial, o pavilhão tricolor da República Rio-Grandense. Na batalha de Tuiuti, foi importante na defesa do flanco da tropa brasileiro, mas foi ferido a bala e mandado para um hospital em Corrientes, Argentina, onde morreu e foi inicialmente sepultado.        

    Tantas vezes entrei naquele cemitério para visitar o túmulo de meus avós e aos poucos ia turistando lá pelo interior e me deparava com mausoléus e sepulturas pequenas mas que eram muito frequentadas pelos fiéis.

Mão Preta - Maximiliano Domingos do Espírito Santo, conhecido como Preto Caxias, foi soldado, enfermeiro e destaque por suas ações de caridade na Santa Casa de Bagé. Reconhecido pela Princesa Isabel, seu túmulo simboliza um aperto de mãos entre uma figura negra e uma branca, representando sua contribuição e reconhecimento. Ele é o único afrodescendente sepultado na divisão nobre do cemitério.

Visconde Ribeiro de Magalhães; (Antônio Nunes Ribeiro de Magalhães) - O Visconde Ribeiro de Magalhães, imigrante português de destaque, teve grande influência na história de Bagé/RS, sendo responsável por divulgar a cidade em todo o país e contribuir para seu crescimento. Em reconhecimento, recebeu um imponente jazigo no cemitério, considerado um dos mais belos exemplos de arquitetura tumular sacra.

Visconde de Cerro Alegre (João da Silva Tavares) - Silva Tavares foi um militar que participou tanto da Revolução Farroupilha quanto da Guerra do Paraguai, desempenhando um papel de grande importância em ambos os conflitos. Curiosamente, no cemitério, seu adversário de campo (1836), o General Netto, está sepultado ao seu lado, em túmulos localizados na mesma área.

Mãe Luciana (Luciana Lealdina de Araújo) - Luciana Lealdina de Araújo, conhecida como Mãe Preta e Mãe Luciana, foi reconhecida por seu trabalho filantrópico em Bagé e Pelotas, especialmente em apoio a crianças órfãs. Ela fundou o Instituto São Benedito em Pelotas e o Orfanato São Benedito em Bagé.

Fonte: Maysa Segalla e Tiago Costa Martins
O Cemitério Da Santa Casa De Caridade De Bagé (RS): A Produção de Artefatos para aprimorar a Experiência do Visitante